17 de novembro de 2011

CRACK CHEGA A TODAS AS CIDADES E PREOUPA AS AUTORIDADES

O avanço do crack em todo o Rio Grande do Norte tem preocupado as autoridades que acompanham as políticas públicas de combate à violência.

Segundo o procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, a governadora Rosalba Ciarlini precisa tomar conhecimento da gravidade deste assunto. "Temos de fazer alguma coisa urgentemente. Precisamos combater essa que é a grande mazela do RN neste momento", alertou o procurador.
Manoel Onofre me contou que uma criança de apenas 12 anos foi assassinada no interior do estado por causa do tráfico de drogas. Famílias inteiras estão à mercê dos traficantes. As mortes se sucedem em municípios sem aparato policial. As delegacias estão desaparelhadas e o contingente policial é insuficiente. Não há política clara de prevenção e de combate às drogas em nenhum lugar.
A pobreza aliada ao vício rápido provocado pelo crack está gerando um verdadeiro exército de zumbis nas cidades. Isso é fácil constatar em cidades como Natal, Mossoró e Parnamirim.
Fala-se hoje em internação compulsória ou involuntária dos viciados em crack. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defende a ideia sob a ótica da OMS (Organização Mundial de Saúde). Mas, pergunta-se: onde acolher e tratar essa gente? O Brasil vai criar depósitos de viciados? O Rio Grande do Norte tem alguma condição de participar desta cruzada contra o crack e outras drogas?
Pois bem. O Ministério Público Estadual articula uma frente formada pelos três poderes constituídos - Executivo, Legislativo e Judiciário - para debater e encontrar caminhos no combate às drogas em nosso Estado.
A ideia é reunir o Conselho Estadual de Enfrentamento às Drogas, secretarias estaduais de Educação, Segurança e Assistência Social, representantes do Judiciário e do Legislativo numa espécie de fórum permanente para formulação de uma política consistente e eficaz. Hoje não temos nada.
O assunto é sério. Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios traçou um raio X do consumo de drogas no Brasil. Quatro mil cidades brasileiras participaram do estudo e 98% delas declararam ter problemas com drogas, incluindo o crack. O câncer se alastra por todo o país.

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