9 de dezembro de 2011

Redução do IPI ajuda aquecimento das vendas durante crise econômica

A previsão é de um incremento de 7,5% com relação ao Natal de 2010 e a redução do IPI agrega pra sustentar esse crescimento.

Final de ano chegando, os comerciantes apostam nas vendas e o consumidor fica à espera das promoções para as compras de presentes. Mas a economia mundial não traz muita esperança nesse período. O crescimento zero do PIB no último trimestre demonstra os problemas enfrentados pela crise econômica que afeta a economia mundial.
Diante da situação, o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), Adelmo Freire, acredita que este ano haja um incremento de 7,5% com relação ao Natal do ano passado e a redução do IPI da linha branca agrega pra sustentar esse crescimento.

Superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), Adelmo Freire.

Adelmo lembra que o horário diferenciado das lojas também contribui para o aumento das vendas. Os shoppings já começam a fechar mais tarde e o comércio de rua já trabalha com uma hora a mais, o que significa mais tempo de venda.
O 13º salário também é citado por Adelmo como um incentivo. “Muitas pessoas usam o 13º para as compras natalinas. E estamos otimistas com o pagamento da 2ª parcela que sai até o dia 20 de dezembro".
Ao falar da crise econômica, o superintendente da CDL diz que os fatores da economia em 2011 não foram bons, mas que teve um crescimento positivo, não tanto como em 2010, pois as pessoas também são influenciadas pelo que ver e escuta.
“O fator psicológico contribui para deixar os consumidores tímidos, deixam um investimento maior para depois, e se contêm nas compras”, finaliza Adelmo.
Um dos fatores de incentivo às compras foi a redução do IPI. Já dá para perceber o aumento do fluxo de clientes nas lojas.
Os produtos da linha branca, entre eles máquina de lavar roupas, geladeira, fogão e tanquinho, ficaram mais baratos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para manter o consumo e ajudar a tirar o Brasil da crise internacional.
Fogões, geladeiras, freezers, máquina de lavar e tanquinho terão impostos menores e os clientes poderão aproveitar os preços até, pelo menos, 31 de março. Para esses produtos, as compras de Natal já terão preços menores.
Ricardo Júnior
Gerente das Lojas Maia/Magazine Luiza, do Centro da Cidade, Cleiton Silva.

De acordo com o gerente das Lojas Maia/Magazine Luiza, do Centro da Cidade, Cleiton Silva, as ofertas estão superando as expectativas de vendas.
“Apesar do pouco tempo de redução do IPI, já houve um incremento considerável nas vendas, de 3% a 5%, acima do que já faturávamos. Já percebemos que o fluxo de clientes aumentou sensivelmente”, destaca Cleiton.
Para ele não só a redução do IPI contribuiu com o aumento das vendas, mas também o pagamento do 13º salário e há uma aposta para a segunda quinzena de dezembro, quando os servidores públicos recebem a 2ª parcela do 13º salário.
O governo reduziu o IPI sobre a linha branca: o fogão, que tem IPI de 4%, cai para zero; da geladeira, de 15% para 5%; da máquina de lavar roupas, de 20% para 10%; da máquina tipo tanquinho, redução de 10% para zero. Os produtos são apenas aqueles que possuem o selo A de qualidade energética.
Um fogão de 4 bocas, por exemplo, que antes era comprado a R$ 499, hoje custa R$449.
Na loja Maia que nossa reportagem fez a pesquisa, os produtos mais vendidos, até agora, foram a máquina de lavar e o forno microondas, com um acréscimo de 5% a 20% nas vendas.


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