20 de janeiro de 2012

Mais de 40 presos escapam na maior fuga da história de Alcaçuz


A penitenciária estadual de Alcaçuz teve uma fuga em massa na noite desta quinta-feira (19). Mais de quarenta detentos fugiram da unidade prisional e houve troca de tiros durante a ação. Até o momento, apenas três criminosos foram recapturados. Membros do Governo do Estado já estão reunidos para tratar da questão.


De acordo com informações preliminares, a fuga teve início durante por volta das 20h e os detentos estavam no pavilhão Rogério Coutinho Madruga, inaugurado em 2010. Segundo o coordenador do sistema penitenciário do estado, José Olímpio, não havia agentes penitenciários no pavilhão, tampouco nas guaritas e, aproveitando a situação, o grupo de presos que estava na quadra onde é realizado o banho de sol serraram a grade e, em seguida, utilizando uma escada da estação de tratamento de esgoto localizada dentro do presídio, pularam o muro da unidade entre duas guaritas desativadas.

Marco CarvalhoTrinta e nove homens permanecem foragidosTrinta e nove homens permanecem foragidos


"Não há a confirmação. Temos a informação inicial de que foram quarenta e poucos, mas podem ter sido ainda mais", confirmou Olímpio.


O titular da Secretaria de Justiça e Cidadania, Fábio Hollanda, que assumiu a pasta na segunda-feira (16), estuda com outros membros da Sejuc e da Polícia Militar uma forma para recapturar os detentos.



De acordo com informações extra-oficiais, foram 53 detentos envolvidos na ação, sendo que 12 ficaram escondidos dentro da própria unidade e não chegaram a deixar o presídio, enquanto três foram recapturados: Tiago Roberto da Silva, Caio Souza, Everton Patrick de Melo.


O pavilhão Rogério Coutinho Madruga foi inaugurado pela primeira vez em 2010, ainda na gestão do então secretário de Justiça e Cidadania Leonardo Arruda. Contudo, a unidade, que fica localizada na lateral do pavilhão 4 de Alcaçuz, foi interditada menos de um mês após a inauguração devido a falta de estrutura. A unidade voltou a receber detentos em outubro de 2011.



Diretor de Alcaçuz garante que não houve negligência


O diretor do presídio de Alcaçuz, major Marcos Lisboa, nega que a fuga de 41 detentos de Alcaçuz, na noite da quinta-feira (19), tenha ocorrido devido a negligência por parte da direção da penitenciária. O diretor afirma que o efetivo de agentes penitenciários é insuficiente e não há possibilidade de uma vigilância adequada.
"A quantidade de agentes é insuficiente e nós tínhamos somente dois para tomar conta de quatro alas, o que é humanamente impossível. Há guaritas desativadas, faltam agentes. É complicado", disse major Lisboa.

"Não sei do futuro. Tenho oito anos na penitenciária e tenho o conhecimento prático. Mas estou em um cargo de confiança e ainda não conheço bem o novo secretário. Não sei se eles querem colocar alguém que tenha mais conhecimento teórico ou alguém da confiança deles. Por enquanto, não fui comunicado de nada e falei normalmente com o secretário", disse major Lisboa.

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