10 de fevereiro de 2012

Animais nas pistas continuam causando acidentes


Animais na pista provocam 388 acidentes em dois anos

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio Grande do Norte registrou, nos últimos dois anos, 388 acidentes automobilísticos envolvendo animais soltos nas sete rodovias federais que cruzam o Estado. As colisões deixaram um saldo de 172 feridos e 10 mortes. A PRF ainda não contabilizou os dados desse ano, mas confirma que 126 animais já foram apreendidos. De acordo com os policiais, falta fiscalização e leis mais rígidas para controlar o problema.
Na região as estradas onde o indice de perigo é maior esta a rodovia que liga a fronteira da ponte sobre o rio calabouço ate a Cidade de Belem na PB onde é rotina encontrar animais soltos na pista, a maioria deles são da espécie "JUMENTOS" que por não terem valor no mercado acabam sendo soltos e ficam vagando em busca de alimentos as margens das rodovia. Outro ponto que merece atenção é na RN 093 saindo de TANGARA onde e comum os motoristas se depararem com esse tipo de animal solto, no trecho entre o trevo e Santo Antonio tambem existem animai
Na BR 226, a TN flagrou animais soltos bem próximo a uma das estradas mais movimentadas do Estados soltos e o perigo é constante, ja nas BRs FEDERAIS, a BR 226,  flagamos animais soltos bem próximo a uma das estradas mais movimentadas do Estado.

Na última quarta-feira, por volta das 18h, uma equipe de radialistas sofreu um grave acidente na Reta Tabajara, altura do Km 282 da BR-304. O veículo colidiu com um cavalo enquanto trafegava na rodovia, perto do restaurante Coisas da Roça. O árbitro assistente e policial militar Clistenis Juny de Souza Alves, que estava no veículo, foi atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) mas faleceu em consequência de um traumatismo craniano. Quatro pessoas ficaram feridas. De acordo com o inspetor da PRF, Everaldo Morais, a BR-304 é uma das rodovias onde há mais registros de acidentes desse tipo. "Acontecem acidentes dessa natureza em todas as rodovias, mas a BR-304 e a BR-226 são as mais perigosas", relatou.

É durante a noite que a maioria das colisões ocorrem. Segundo Morais, a pouca visibilidade dos motoristas aliada à alta velocidade dos veículos acaba resultando em acidentes. O policial explicou que a PRF faz o trabalho de apreensão dos animais, mas a lei é branda com os proprietários dos mesmos. "Além disso, enfrentamos uma grande dificuldade em achar os proprietários. Quando identificamos, o máximo que ocorre é a lavratura de um TCO [Termo Circunstanciado de Ocorrência] que obriga o proprietário comparecer, durante dois anos, em juízo", disse.

De acordo com o Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941, quem "deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso", pode ser condenado à prisão de dez dias a dois meses ou pagamento de multa.

O RN possui 1.511 quilômetros de rodovias federais (BRs). A PRF/RN  dispõe de dois caminhões boiadeiros para fazer o recolhimento dos animais encontrados nas estradas. Além da dificuldade em capturar os animais - cavalos, jumentos e bois, por exemplo -, os policiais enfrentam outra questão: onde guardar os bichos apreendidos. "Temos parcerias com algumas prefeituras, mas os currais já estão cheios. É complicado", afirmou Morais.

Apesar da dificuldade, o números de apreensões aumentou nos últimos anos. Em 2010, a PRF capturou 1.368 animais. Ano passado, foram 1.442. Somente esse ano, mais 126 animais capturados. Na tarde de ontem, a TRIBUNA DO NORTE flagrou vários animais transitando nas proximidades da RN-226. A via, que liga o KM-6 a Macaíba, é bastante movimentada. Alguns burros pastavam às margens da RN e cruzavam a pista de rolamento. Não havia policiamento no local.

O telefone da PRF para denúncias é o 191. "Os motoristas devem ligar para nos avisar nesses casos", completou Morais.

Na área urbana, problema se repete

O problema de acidentes com animais soltos não limita-se às vias federais que cruzam o RN. Em Natal, não é difícil encontrar cavalos e burros transitando entre carros e pedestres. Além do problema com a sujeira produzida pelos animais, os motoristas e pilotos natalenses correm o risco de colidirem com os bichos. Na cidade, o risco é ainda maior com a presença das carroças puxadas pelos animais. No mês passado, um motoqueiro morreu após uma forte batida com um desses equipamentos na Via Costeira.

De acordo com o tenente Styvenson Mendes, do CPRE, o problema vem aumentando nos últimos anos. Em 2011, o Comando registrou 18 acidentes envolvendo veículos e carroças. Esse ano, foram dois. Colisão com animais, somente esse ano, foram três. "O problema existe e vem crescendo nos últimos anos. O dever do Estado é fiscalizar, mas não temos condições de estar em toda malha viária. Não há policiamento suficiente", disse.

O CPRE tem apenas um caminhão boiadeiro para recolher todos os animais encontrados nas vias e estradas estaduais. Assim como a PRF, o Comando Estadual enfrenta dificuldades em penalizar os proprietários dos animais. "Quando vamos capturar um animal que não se envolveu em acidente, o dono aparece rapidamente pedindo que a gente não recolha. Porém, se o animal se envolve em alguma colisão, dificilmente aparece alguém para ser responsabilizado", afirmou.

A zona Oeste, especialmente no KM-6, é o ponto onde há mais capturas de animais soltos. "Na zona Sul da cidade, ocorre mais problemas envolvendo carroças", explicou  Styvenson. Além de animais de grande porte como cavalos e burros, os policias do CPRE também fazem captura de animais de pequeno porte como cachorros e gatos. O destino destes é o Centro de Zoonose, os maiores vão para o curral municipal. "E aí surge outro problema, está tudo lotado e não há o que fazer com esses animais"

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