3 de abril de 2012

Servidores da saúde estadual param


Categoria pede reajuste de 14,72%, além de benefícios e melhoria das condições de trabalho


Uma nova onda de greves começa a se desenhar no Rio Grande do Norte. Após a deflagração do movimento, na quinta-feira passada, pelos professores e servidores municipais que chegaram a fazer acampamento em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal; ontem foi a vez dos servidores da Saúde do Estado iniciarem uma greve por tempo indeterminado. Liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), eles se concentraram ontem em frente ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, de onde saíram em passeata até o Hemonorte, Centro de Reabilitação Infantil (CRI) e Hospital Psiquiátrico João Machado. Em cada uma das unidades, fizeram ato público de 10 minutos explicando aos usuários o motivo da paralisação.

A pauta pede, principalmente, o pagamento do reajuste de 14,92% (referente a inflação dos últimos dois anos), implantação de uma tabela de incentivo à qualificação, incorporação de gratificações, contratação de pessoal e melhores condições de trabalho para diminuir a sobrecarga dos servidores. A pauta também pede o pagamento de plantões trabalhados entre agosto de 2010 e março de 2011 e a finalização das reformas nos hospitais Santa Catarina, na Zona Norte de Natal, e Rafael Fernandes, em Mossoró. Na manifestação de ontem havia caravanas de diversos municípios, como Pau dos Ferros, Caicó, Apodi e Currais Novos.

Para a diretora do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado (Sindsaúde), Sônia Godeiro, os trabalhadores não aceitam mais o discurso do limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Eles já anunciaram que não têm condições de conceder o reajuste, mas os servidores da saúde esperaram muito tempo e as arrecadações do governo mostram que existe dinheiro. O trabalhador e a população é que não podem ser responsabilizados pela falta de planejamento dos nossos governantes", disse Sônia, sugerindo que o Governo diminua o número de cargos comissionados e retire da folha os funcionários que não estão na ativa como já acontece com outros estados.

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