30 de abril de 2013

Henrique descarta candidatura: “Não sou e nem serei candidato a governador”


O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), que nos últimos dias vem sendo posto cada vez mais como provável candidato do seu partido a governador do Rio Grande do Norte, descartou, peremptoriamente, a possibilidade de disputar o governo do Estrado nas eleições de 2014, quando estão em aberto a renovação dos cargos de governador do Estado e senador da República. “Não sou e nem serei candidato a governador”, afirmou o peemedebista, de Comandatuba, na Bahia, onde participa, nesta segunda-feira, como palestrante de um evento da área empresarial.

Henrique negou que o encontro do PMDB, agendado para o dia 10 de maio, servirá de palanque para lançamento de candidatura do partido a governador do Rio Grande do Norte. Segundo ele, a reunião será para discutir 2013, e não 2014. “Não haverá lançamento nenhum porque conduzirei ao contrário”, afirmou. “Ouvir necessidades e projetar encontros regionais”, completou.
Segundo Henrique, aliás, discutir 2014 agora é o que pode ser considerado como “desserviço” ao Rio Grande do Norte. “Serve apenas a vaidades pessoais ou para nos dividir na hora de nos unirmos”, avalia, asseverando que o encontro com lideranças peemedebistas do Rio Grande do Norte será para discutir temas como seca, crédito rural e ações dos governos estadual e federal nesse momento de crise, além de pleitos em ministérios que o PMDB poderá organizar e buscar com o seu apoio em Brasília.
Além disso, acrescentou Henrique, a Fundação Ulisses Guimarães, que é o braço de formação política do PMDB nacional, se ofereceu para dar assessoramento e consultoria aos prefeitos e lideranças peemedebistas no Estado. “Quem quiser fazer discurso eleitoral – respeita-se! – mas não pautará a reunião nem ouvirá estímulo da direção do partido. Muito menos candidatura a governador”, antecipou ao Jornal de Hoje.
A declaração do presidente do PMDB potiguar arrefece o clima de rompimento que ganha contornos cada vez maiores dentro do PMDB. Na sexta-feira passada, o ministro da Previdência, ex-governador Garibaldi Filho, declarou que a cúpula do PMDB deverá estar preparada para ouvir reclamações das bases na reunião do próximo dia 10. Garibaldi foi além e declarou que se houver rompimento, será para que o partido lance um candidato a governador e, em sendo assim, o candidato seria Henrique Alves.
Prefeitos, vices, vereadores e lideranças políticas da legenda falam abertamente a respeito da necessidade de rompimento dentro da legenda. Contudo, segundo Henrique, não se deve esquecer de que maior que a sucessão do ano que vem, é a possibilidade de ajudar o Rio Grande do Norte neste ano, já que o estado tem hoje o presidente da Câmara dos Deputados e o ministro da Previdência.
Além disso, ele lembra que o PMDB hoje participa de um projeto que foi construído por Garibaldi em 2010, quando o então senador candidato à reeleição apoiou a eleição da então senadora Rosalba Ciarlini para governadora do Estado, ajudando a derrotar o candidato de Henrique, o então governador Iberê Ferreira de Souza (PSB).
“Estamos participando de um projeto político construído por Garibaldi em 2010. Unimos o PMDB, que também votara diferente, em Iberê. Metade do mandato do governo, mudanças recentes pelo Conselho Político com participação do PMDB. Momento de ajudarmos o Estado, recuperar tempo perdido num governo que centralizou e se fechou excessivamente. No ano eleitoral, início de 2014, o PMDB saberá fazer avaliação político-eleitoral. Agora é hora de administração. Fortalecer o RN”, afirmou Henrique, ainda em entrevista ao JH.
Henrique disse ainda que hoje o RN ocupa um espaço importante no cenário nacional e o RN não pode prescindir disso, num momento em que Poder Legislativo quer fazer valer a sua força de ser protagonista no debate nacional e regional. “Essa tarefa é prioridade do trabalho que faço hoje e quero continuar a fazer. Por isso a definição do PMDB não tem chance de se encaminhar agora. O momento exige responsabilidade e maturidade política”, afirma.
Sobre as cobranças do PT potiguar, que pediu clareza do PMDB em relação a se vai ter candidatura ou não, e, em tendo, se será pela oposição ou pela situação estadual, enrique respondeu que “situação ou oposição não se define por projetos pessoais nem partidários, mas por circunstâncias que se impõem”. Foi uma resposta às cobranças do deputado Fernando Mineiro (PT), que tem sido posto como pré-candidato do PT a governador.
Segundo Henrique Alves, os fatores que definirão a posição do PMDB serão “governo correto ou não. Governo correspondendo aos compromissos com a população ou não. Governo interagindo com sua base política ou não”. Em sua avaliação, a “análise séria desses componentes, sem oportunismo ou demagogia, definirá, na hora certa, a posição coerente do PMDB”.
Indagado sobre a possibilidade de o PMDB apoiar nomes como o do vice-governador Robinson Faria (PSD), o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que não trataria deste assunto por considerar fora de hora. “Não tratarei desse assunto porque considero absolutamente inoportuno. Não é hora dos ‘se…’, que já revela inconsistências. É hora do ‘sim!’. Dizer sim ao RN. Agora. Todos. Em 2014, cada um exerce suas coerências e legítimos projetos partidários”.

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