15 de maio de 2013

Presidente do PMDB quer rompimento e entrega de cargos ao Governo Rosalba


O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, não pode mais falar de política e da eleição de 2014. Foi proibido pelo primo e presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves. Contudo, o poder de crítica dos peemedebistas, nem por isso, foi reduzido. Nesta terça-feira, por exemplo, dois deputados estaduais, Hermano Morais, que é presidente do PMDB em Natal, e Walter Alves, filho do ministro Garibaldi, reafirmaram essas posturas de rompimento e reclamação com relação ao Governo do Estado.
No caso de Hermano Morais, que reassumiu no último domingo a presidência do Diretório Municipal do partido e é um notório defensor da candidatura própria do partido as eleições de 2014, o rompimento do PMDB da partido da base aliada da administração Rosalba Ciarlini é uma realidade cada vez mais próxima. “Isso (candidatura própria) naturalmente leva ao raciocínio que devemos nos afastar do Governo Rosalba para que possamos ficar mais à vontade para apresentar este projeto e conversar com todos os partidos”, afirmou.
Segundo Hermano, por sinal, esse rompimento ocorreria de forma mais “natural”, com o PMDB deixando a disposição de Rosalba Ciarlini os cargos que ocupa atualmente na administração estadual. “Eu defendo a tese de que o PMDB pode oferecer seus espaços (que tem no Governo), para que a governadora possa ocupá-los da melhor forma”, afirmou ele, acrescentando que essa medida, no entanto, não significaria que o partido deixaria de ajudar o Estado, aproveitando a boa relação que tem nacionalmente, uma vez que Garibaldi e Henrique ocupam posições de destaque no cenário nacional.
“O PMDB está colaborando para o desenvolvimento do estado, está bem situado ao governo federal, seja por Henrique Alves ou por Garibaldi, angariando recursos e projetos para o RN. Mas nós temos uma participação pequena, mas temos, no Governo do Estado, que não é tão importante. O compromisso maior é de ajudar o Estado. Eu defendo a tese há muito tempo, que nos devemos trabalhar para o Estado, não trabalhando para o Governo”, analisou.
De qualquer forma, para Hermano Morais, o rompimento tem que ocorrer, até porque atualmente o partido vive uma situação “incomoda” e de atraso com relação à discussão sobre o pleito de 2014. “A situação híbrida é incômoda para nós, peemedebistas. Os outros partidos já estão conversando entre si. É o momento de o PMDB discutir essa questão, conversar com outros partidos, e  definir o seu projeto”, analisou.
Hermano Morais lembrou ainda que os seguidos adiamentos de reuniões políticas do PMDB no Estado, que podem representar também a confirmação do rompimento do partido à base aliada de Rosalba Ciarlini, não significam, necessariamente, que o partido está repensando seu posicionamento e ainda exista chance do partido não romper com o Governo. “Até o final do ano, o mais tardar, vamos discutir essa questão, até para discutir mais a vontade as propostas do partido”, garantiu Hermano

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