24 de julho de 2013

Corpo de Dominguinhos é velado em São Paulo

O corpo do sanfoneiro, compositor e cantor Dominguinhos está sendo velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, na região do Ibirapuera, na zona sul da capital, desde as 6h. Ele morreu ontem (23), aos 72 anos, em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas. O cantor estava internado no Hospital Sírio-Libanês, desde o dia 13 de janeiro, quando foi transferido do Hospital Santa Joana, no Recife.

O corpo de Dominguinhos será velado em São Paulo até as 16h, e em seguida levado para o Recife de avião. Na capital pernambucana, o corpo do músico será velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco. De acordo com a viúva, Guadalupe Mendonça, o enterro não deve ocorrer antes de sexta-feira (26). “O povo não vai deixar sepultar antes, porque o povo é louco por ele, há uma admiração e um amor muito grande do povo de lá por ele”. O voo que levará o corpo de Dominguinhos para o Recife parte às 23h10 do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos.

Divulgação /ALSP
Após velório, corpo de Dominguinhos será levado para Recife, onde acontece o enterroApós velório, corpo de Dominguinhos será levado para Recife, onde acontece o enterro

Guadalupe lembrou a dedicação do cantor à música.“Me aborreci certo momento na vida com ele por ser um marido ausente, mas quando eu descobri que ele nunca ia ser de ninguém e que era do povo, fomos mais felizes”.

O filho de Dominguinhos, Mauro José Silva de Moraes, destacou a importância do pai na música brasileira. “Ele era muito humilde, respeitava muito as pessoas, fora a musicalidade que para mim não tem igual. Acho que vai ser difícil encontrar um músico como ele”, acrescentando que apesar de morarem em cidades distantes, sempre conversavam por telefone.

Ao chegar à Assembleia, o cantor Frank Aguiar disse que o Brasil perde um dos maiores patrimônios musicais e lembrou a influência do sanfoneiro nas carreiras de demais artistas. “Ele era uma pessoa muito afável, querida, humilde, simples, rico de alma. O jeito de tocar, a forma harmoniosa. Ele era um músico de mão cheia. Era gostoso ouvir Dominguinhos tocar e cantar. Ele cantou o amor, a poesia, o regionalismo. Ele cantou a música com a nossa cara”.

Fã de Dominguinhos, o músico pernambucano José João da Silva Irmão vive em São Paulo e tocou, em algumas ocasiões, triângulo e zabumba com o artista. “Foi um prazer imenso tocar com ele. Um amigo meu que tocava com ele me levou. Foi maravilhoso. Saber do falecimento dele partiu meu coração”. Assim como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, segundo José João, incentivava novos músicos. “É um símbolo do Nordeste”.

Há cerca de seis anos, o sanfoneiro se tratava de um câncer no pulmão. Dominguinhos foi internado na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana do Hospital Santa Joana, no Recife, no dia 17 de dezembro, com um quadro de infecção respiratória e arritmia cardíaca. Depois, foi transferido, em janeiro, para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

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