31 de julho de 2013

Justiça aceita denúncia contra LUQUINHA e outras três pessoas acusadas por morte de advogado Antônio Carlos

Vítima estava bebendo e foi ao banheiro, quando foi abatida por dois homens. Foto: Divulgação
Vítima estava bebendo e foi ao banheiro, quando foi abatida por dois homens. Foto: Portal BO
Ricardo Procópio Bandeira de Melo, juiz da 3ª Vara Criminal de Natal, na última quinta-feira (25) recebeu a conclusão do inquérito que denuncia quatro pessoas apontadas como participantes no assassinato do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, executado a tiros dentro de um bar na noite do dia 9 de maio em Natal.
Também foram convertidas em preventivas a prisão de três acusados, e expedido um mandado de prisão contra o sargento da Polícia Militar, Antonio Carlos Ferreira Lima, cumprido na manhã de hoje.

“Recebo a denúncia, porque estão presentes os requisitos legais para tanto”, diz o magistrado na decisão. “As investigações policiais foram concluídas e inicia-se com esta decisão a ação penal”, acrescenta.
Segundo a decisão judicial, foram denunciados o comerciante Expedito José dos Santos, popularmente conhecido como ‘Irmão Sérgio’; Marcos Antônio de Melo Pontes, o ‘Irmão Marcos’; e Lucas Daniel André da Silva, o ‘Luquinha’, que confessou ter cometido o assassinato do advogado. Por fim, o sargento da Polícia Militar preso na manhã de hoje.
A prisão preventiva dos acusados foi expedida mediante o pedido da autoridade policial, com a intenção da manutenção da ordem pública. “Vejo que a custódia dos acusados é imprescindível para a instrução processual, ainda por iniciar, bem como para a preservação da ordem pública”, disse o juiz.
Outro ponto motivador da decisão do juiz é a conservação de provas, tendo em vista que em liberdade os acusados, poderiam cometer alguma obstrução, dificultando o desenrolar do processo.  “Também há razão para crer, diante dos relatos constantes nos autos e do laudo pericial que, com os acusados em liberdade, outras provas também possam ser destruídas, assim como ocorreu com o veículo utilizado na ação”, constatou.

Prisão de sargento da PM
Na manha desta terça-feira, uma operação das delegacias especializadas de Homicídios, Furtos e Roubos, Armas Munições e Explosivos, da DP de Extremoz, e da Força Nacional, cumpriu dois mandados de busca e apreensão. Sendo um contra o sargento Antônio Carlos Ferreira Lima, conhecido como Carlos Cabeção. Com o militar encontraram uma pistola. O outro na residência do irmão dele, em que foram apreendidas quatro espingardas.
Segundo a delegada Karla Viviane, a existência de fortes evidências ligando o acusado ao crime foi crucial para a decisão. “Ele havia sido solto sob efeito de um habeas corpus. Contudo, existe materialidade suficiente de que ele participou do crime. Por isso, pedimos novamente a prisão dele. Agora, a prisão é preventiva”, Concluiu.
De acordo com a polícia, o sargento atuou não só como um intermediário entre o mandante do crime e o executor, mas também como a mente por trás do crime. Segundo Karla, Antônio Carlos fez o levantamento da rotina da vítima. Martílio Menino Ramos, irmão de Carlos Cabeção, também foi preso por porte ilegal de armas, tendo em vista que parte do armamento apreendido estava em sua residência.
Morto por vingança
O advogado criminalista Antônio Carlos de Souza Oliveira foi morto a tiros no dia 09 de maio deste ano. Ele estava em um bar no bairro Nazaré, e foi executado com tiros na cabeça enquanto estava no banheiro. O crime foi cometido por volta das 20h30. Na ocasião o assassino fugiu em um carro, o qual foi recuperado tempos depois pela polícia. O seu proprietário seria Expedido José dos Santos, um comerciante.
Com o desenrolar das investigações a polícia chegou a Lucas Daniel da Silva, que confessou ser o assassino, ele disse que teria cometido o crime a mando do comerciante, como vingança pelo fato do advogado ter destruído um muro no terreno de Expedito, em São Gonçalo do Amarante, região Metropolitana de Natal.

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