12 de agosto de 2013

Servidores de categorias em greve terão pontos cortados no RN

Ofício interno criado em maio continua 

valendo para grevistas do Estado. Estão em 

greve professores, policiais civis, além do 

Itep e saúde.


Alber da Nóbrega, secretário de Administração do Rio Grande do Norte (Foto: Ricardo Araújo/G1)
Alber da Nóbrega, secretário de Administração
(Foto: Ricardo Araújo/G1)
Todos os servidores estaduais que faltarem o dia de trabalho terão o ponto cortado no Rio Grande do Norte. Expedido em maio durante a greve do Departamento Nacional de Trânsito (Detran/RN), o ofício interno que determina o corte para os grevistas continua valendo, conforme garantiu o secretário estadual de Administração e dos Recursos Humanos (Searh), Antônio Alber da Nóbrega.

"O servidor que faltar o dia de trabalho terá o ponto cortado", enfatiza o secretário, que foi nomeado pela governadora Rosalba Ciarlini para negociar com as categorias em greve. AoG1, o secretário explicou o que vem sendo feito em cada uma das negociações. Atualmente estão em greve os servidores da saúde, da Polícia Civil, do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) e professores da rede estadual de ensino.
Professores

Deflagrada nesta segunda-feira (12), a paralisação na educação ainda não foi tratada em negociações. Entretanto, o secretário reforça a posição já colocada pela Secretaria Estadual de Educação (SEEC) em nota. "Se existe uma categoria que vai bem, é esta. Não acredito que o sindicato esteja em greve por crise na educação", afirma.

Sobre o descumprimento de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), colocado pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), Fátima Cardoso, como um dos motivos da paralisação, Alber da Nóbrega afirma que a reivindicação não pode ser cumprida de imediato. "Seria um impacto muito violento se o Estado fosse pagar agora. Ainda estamos fazendo o levantamento para calcular o que será gasto com isso. Tem de haver paciência", ressalta o secretário.

Itep

Quanto a greve do Itep, também deflagrada nesta segunda, o secretário de Administração exalta a necessidade de normatizar a atividade do instituto em lei. A Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) informou ao G1 que há total interesse do Governo e da direção do Instituto que o estatuto esteja pronto o mais rápido possível. O documento, no entanto, não está pronto. A categoria exige que o Governo do Estado encaminhe o estatuto do Itep à Assembleia Legislativa.
Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) (Foto: Matheus Magalhães/G1)Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep)
(Foto: Matheus Magalhães/G1)
"Ele ainda está sendo descutido por vários setores do estado, inclusive com a categoria. Mas a expectativa é que ele esteja concluído o mais rápido possível. Até porque ele vai disciplinar, vai organizar o Itep", afirmou João Ricardo Correia, assessor de imprensa da Sesed.

De acordo com Djair Oliveira, que é presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol-RN), o estatuto é uma lei orgânica que organizaria o Itep. “Ele define os direitos e deveres dos servidores e cria o plano de cargos e salários dessa categoria, que até hoje não tem”, detalhou. Para o presidente do sindicato, falta vontade política para o projeto chegar à Assembleia Legislativa.
Servidores da saúde acendem velas pelos mortos do Walfredo Gurgel (Foto: Victor Lyra)Servidores da saúde acendem velas pelos mortos
do Walfredo Gurgel (Foto: Victor Lyra)
Saúde

Alber da Nóbrega confirma que o Estado ficou de nomear uma comissão para discutir a tabela de níveis salariais dos servidores da saúde. Porém, existe um impasse para a realização da medida com a continuidade da greve. "Se voltarem a trabalhar a comissão será nomeada, mas da forma como eles querem não é interessante. É bom quando negociamos e os dois saem ganhando", ressalta.

A análise dos níveis salariais seria feita em 45 dias, segundo informa o secretário. "Se formos passar 45 dias com eles sem trabalhar a situação se complica. Nossa ideia é acabar com gratificações e montar uma horizontalização de plano de cargos e salários. Queremos modernizar", diz Nóbrega. Os servidores estão em greve desde o dia 1º de agosto.

Polícia Civil

Já no caso da greve dos agentes da Polícia Civil, o governo pede paciência aos grevistas. "Não está havendo compreesão. Os agentes querem que se resolva do dia para a noite.  Todo o norte-riograndense sabe da stiuação financeira difícil que vive o estado", ressalta Nóbrega, que pede o apoio da categoria para elaborar propostas.
Policias Civis protestam em frente à Governadoria (Foto: Jorge Talmon/G1)Policias Civis protestam em frente à Governadoria
(Foto: Jorge Talmon/G1)
A pauta de reivindicações é extensa. “Queremos nomeação e curso de formação dos aprovados no último concurso, que vem se arrastando desde 2008; vale refeição para os agentes; serviço terceirizado de limpeza das delegacias, que muitas vezes fica a cargo dos próprios policiais; retirada de presos das delegacias; melhoria das condições de trabalho, como armamento, informatização e melhor comunicação entre as delegacias e reajuste salarial. Somos uma polícia de nível superior recebendo menos que cargos de nível médio. Também queremos reajuste das gratificações de chefes de investigação e chefes de cartório, que trabalham acima das possibilidades pela polícia”, afirmou o presidente do sindicato, Djair Oliveira.

O secretário citou como exemplo a reunião com a Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol/RN), que promoveu uma paralisação de advertência na semana passada. "Os delegados tratam da questão com o diferencial de quando chegam para discutir, levam sugestões de como resolver determinadas questões. Ficou acertado que eles vão elaborar um plano para contribuir com o Estado, afirma.

De acordo com Nóbrega, o plano apresentado pelos delegados será analisado em nova reunião com a categoria.

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