2 de setembro de 2013

Após rompimento com Rosalba, Henrique se reúne com oposição

O presidente do PMDB, deputado federal Henrique Alves, se reuniu com lideranças da oposição em um jantar ontem após anunciar o fim da aliança política do PMDB com o governo Rosalba Ciarlini (DEM). O encontro ocorreu na residência do ex-deputado estadual Wober Júnior, presidente estadual do PPS, e contou com as presenças da presidente estadual do PSB, vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, do presidente do PSD, vice-governador Robinson Faria, e do prefeito de Natal e presidente estadual do PDT, Carlos Eduardo Alves.
O empresário Fernando Bezerra (PMDB) também participou, assim como o deputado estadual Gustavo Carvalho (PSB), o ex-deputado estadual Álvaro Dias (PMDB), os publicitários Alexandre Macedo e Jenner Tinoco, o secretário de Esportes de Natal, Dudu Machado (PPS), e o consultor administrativo e financeiro da Inter TV Cabugi, Hermann Ledebour.
O encontro, organizado pelo anfitrião, Wober Júnior, foi descrito como bastante descontraído. Os primeiros convidados chegaram às 21 horas, os últimos saíram após as 4 horas. À mesa, cerca de 20 pessoas, a maioria formando casais. “Vi muita afinidade entre Wilma, Henrique e Robinson. Todos cuidadosamente não colocaram nenhum obstáculo a ninguém”, disse um dos presentes ao Jornal de Hoje, sob a condição de anonimato.
O Jornal de Hoje teve dificuldade de contatar hoje as principais lideranças presentes, haja a vista muitos deles possivelmente ainda estarem dormindo até o fechamento desta edição, ou preferindo manter os telefones desligados, ou, ainda, optando por não atenderem, nem retornarem às ligações.
PREOCUPAÇÃO
Mas, segundo apurou o jornal, o tom das conversas foi de “preocupação” quanto ao futuro do RN. Sentiu-se um consenso quanto ao quadro administrativo do estado, classificado como “grave”. Em dado momento, o empresário Fernando Bezerra, da Ecocil, fez uma explanação sobre o futuro do Estado. A tônica foi reencontrar o caminho do desenvolvimento. Muito gentil, disse que o Estado precisa rever seus caminhos para crescer.
Além de Fernando Bezerra falaram o vice-governador, Robinson Faria, a ex-governadora Wilma de Faria, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo – recém-rompido com o governo Rosalba Ciarlini. “O que se discutiu muito pouco foi política. Falou-se muito no RN”, afirmou Dudu Machado.
Segundo ele, o momento que o Estado está vivendo, sob a administração Rosalba Ciarlini, foi bastante comentado. “Eu particularmente acho que dali daquela mesa vai sair o futuro governador do RN. Seja Robinson, seja Wilma, seja Carlos Eduardo, seja Henrique, seja o próprio Fernando Bezerra”, completou o auxiliar de Carlos Eduardo. “Fernando Bezerra foi um grande senador do RN. Para mim foi um dos maiores senadores que o RN já teve”, completou o correligionário do ex-deputado Wober Júnior.

MATURIDADE
Chamou a atenção, de forma unânime, a “maturidade” de todos que sentaram à mesa. “O que se discutiu foi esse momento de condução do RN e essas lideranças tiveram maturidade para sentar, conversar, discutir. Claro que você não foge do prato principal que é a política, mas o tema central foi, de fato, discutir o atual momento que o RN vive, de dificuldade, sem nenhum tipo de perspectiva”, completou Dudu.
A possibilidade de outros encontros do mesmo grupo ficou aberta. “Todos se coloram muito maduros para de sentarem outras vezes para, em outras reuniões, discutirem o RN. Tenho certeza que, daquela mesa, sairá o futuro do RN”, repetiu o integrante do PPS.

ROMPIMENTO
O rompimento do PMDB com o governo Rosalba Ciarlini também esteve no cardápio político da noite. Na oportunidade, o deputado Henrique deixou claro que o afastamento do partido não foi do Estado, mas do governo. “Foi um jantar em um momento novo, que é esse momento do rompimento do PMDB com Rosalba”, disse Dudu.
Segundo ele, o deputado Henrique disse que continuará apoiando os pleitos de Rosalba em Brasília. “E aproveitando esse novo momento, politicamente falando, que eles se sentaram, eu tenho certeza que eles vão se reunir novamente. Até que cheguem a um consenso e a um rumo para 2014. Porque, do jeito que está não pode ficar”.

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