Mais de 15 pessoas foram detidas nesta manhã (7) durante os confrontos entre polícia e manifestantes nas comemorações ao Dia da Independência, segundo advogados voluntários da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e do DDH (Instituto de Defensores de Direitos Humanos). O público que assistia ao desfile também sofreu com o gás lacrimogêneo e deixou o local em pânico.
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O internauta Carlos Sodré fotografou confronto entre a Tropa de Choque e manifestantes em frente à Prefeitura de Belém
Por volta das 10h15, homens da Tropa de Choque lançaram bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que invadiram o desfile. No entanto, os artefatos acabaram caindo próximo ao público, e o gás invadiu as arquibancadas. Muitas pessoas, incluindo crianças, idosos e mulheres, passaram mal e foram atendidas por socorristas voluntários.
Fotógrafos do jornais Estadão e O Dia foram feridos, sendo que o primeiro, identificado como Marcos de Paula, teve uma queimadura causada por uma bomba de gás que colocou em seu braço. Alessandro Costa, de O Dia, levou um chute de um PM. Já o repórter do jornal "A Nova Democracia", Patrick Granja, recebeu voz de prisão de um policial militar após acusá-lo de agressão.
Homens da Polícia do Exército chegaram a se juntar aos PMs, porém não houve ação por parte dos representantes das Forças Armadas.
A ação da Tropa de Choque para dispersar os black blocs (grupo anarquista que organizou algumas manifestações) ocorreu depois que os homens do batalhão foram aplaudidos pelo público que acompanhava o desfile da Independência nas arquibancadas. Curiosamente, segundos após a ovação, os populares viveram momentos de pânico em função da correria e do efeito das bombas de gás.
No ápice da confusão, um homem saiu correndo das arquibancadas com o filho no colo. A criança chorava de forma desesperada, aparentemente sentindo a ardência nos olhos provocada pelo gás lacrimogêneo.
Enquanto o desfile dos militares continuava, os black blocs se dividiram em pequenos grupos. Alguns jovens seguiram pela avenida Presidente Vargas em direção à sede da Prefeitura do Rio, mas não há registro de confusão no local. Outros caminharam para a Praça Tiradentes, onde se reagruparam e seguiram para a Lapa.
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