12 de junho de 2015

Condenado pela morte de Jôissi Oyala é morto em Presidio Paraibano onde cumpria pêna

Romildo Paulino dos Santos condenado a 19 anos de prisão em jure popular pela morte de Jôissi Oyala da Silva 17 anos, morta em Agosto de 2009 na zona rural de Araruna já na divisa com Passa e Fica, ele que foi preso após cometer o crime cumpria pena desde o acontecimento há aproximadamente seis anos e essa semana recebemos a noticia que o mesmo havia sido morto dentro do presidio onde estava recluso.  Comenta-se que ele foi morto por outros presos e foi enterrado essa semana na Cidade de Araruna. Poucas pessoas acompanharam o sepultamento possivelmente motivados pelo sentimento reprovável do ato cometido pelo mesmo. O sistema de administração penitenciaria da Paraíba não divulgou nem uma informação oficial, mas comenta-se que a morte do detento já havia ocorrido há alguns dias. A família da vitima apesar de não terem se manifestado oficialmente mas respiram um sentimento de alivio uma vez que faltava pouco tempo para que o autor da morte de Jôisse fosse solte graças a prerrogativa da liberdade após co cumprimento de 1/3 da pena. A seguir vamos relembrar o que a imprensa destacou no dia seguinte do julgamento ...

RELEMBRE O CASO: 

Caso Jôissi Oyala –Acusado de assassinar adolescente é condenado a 19 anos de reclusão

Foram mais de oito horas de julgamento até a sentença final. Romildo Paulino dos Santos, 34 anos, foi condenado a 19 anos de reclusão pelo assassinato de Jôissi Oyala da Silva, morta em Agosto de 2009 na zona rural de Araruna-PB.

O julgamento ocorreu no fórum Desembarcador Geraldo Ferreira Leite, na cidade de Araruna, no curimataú paraibano na tarde  desta segunda-feira (12) e foi conduzido pelo juiz de Direito, Dr. Ricardo da Silva Brito.

Ao ser questionado pelo Juiz Dr. Ricardo Brito, o acusado disse não lembrar do que ocorreu naquele ano; acrescentou que não lembra de onde conhecia a Jôissi e que levou muito tempo para descobrir porque estava preso.

A acusação, representada pelo Promotor de Justiça da Comarca de Jacaraú, Dr. MarinhoMedes Machados, pediu por homicídio duplamente qualificado. Para o promotor, o homicídio ocorreu de forma fútil e sem dar a chance da vítima se defender.  O assistente de acusação, advogado que acompanhou todo o caso, Dr. Júnior Gugel, declarou que o réu era nocivo à sociedade, não podendo, portanto, ficar em liberdade; que a conduta antissocial do acusado já revelava o perfil perigoso do criminoso.

A defesa, representada pelo defensor público, Dr. Antônio Alberto, pediu por lesão corporal grave, seguida de morte. O advogado defendeu que a jovem foi socorrida ainda com vida para um hospital. Disse ainda que ao contrário do que disse a acusação, Romildo não era nocivo à sociedade e que por não ter outros crimes, não podia ser visto como bandido. Alegou ainda que o acusado tivesse distúrbios mentais.

O Conselho de sentença, formado por sete pessoas; três mulheres e quatro homens, após toda análise, decidiu pela condenação de homicídio duplamente qualificado, previstos no Art. 121, § 2, inc. I e IV do Código Penal Brasileiro.

Romildo Paulino dos Santos foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado. Devendo ficar preso na penitenciária de segurança Máxima Sílvio Porto, na capital do estado da Paraíba.

Após o anúncio da sentença, os pais da Jovem comentaram o resultado. Dona Maria Aparecida, mãe da vítima, disse que esperava uma condenação maior. Carlos Alberto, pai da Jôissi, falou da dor ainda vivada com a morte da filha e lamentou que o acusado não cumpra os 19 anos completo em regime fechado, considerando os benefícios  dados por  lei. 


Na saída do Fórum nossa reportagem tentou conversar com o acusado, que disse não ter nada a declarar.

O crime

16H30. Domingo, 16 de Agosto de 2009. Jôissi Oyala da Silva, de 17 anos, voltava  do sítio do  avô, no município de Serra de São Bento-RN, quando ao se aproximar de uma passagem molhada no Rio Calabouço, já no município de Araruna-PB, foi surpreendida com a presença do acusado que se atravessou na frente da motocicleta que era conduzida por uma tia da vítima.

As duas foram derrubadas da moto e o Romildo, tomado por um sentimento de possessão incontrolável, partiu para cima da estudante e desferiu contra ela vários golpes de faca peixeira. Um dos golpes atingiu o pescoço da vítima, causando um grave ferimento.

A tia da vítima ainda tentou impedir o assassinato, mas também foi golpeada em um dos braços. Um homem em uma moto que passava pelo local, prestou socorro a tia da menor, enquanto que o acusado fugiu. O acusado teria beijado a vítima e acariciado seu corpo antes de empreender a fuga. Jôissi foi socorrida para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

A polícia foi acionada. A comunidade se mobilizou e horas depois do crime o acusado foi localizado por populares, preso e entregue a polícia.

Motivo do crime

Jôissi era uma menina recatada, religiosa e dedicada aos estudos.  A jovem morava com seus pais na cidade de Passa e Fica-RN. Seu jeito meigo atraia olhares de jovens que, na sua idade, começavam sentir as primeiras paixões. Foi esse jeito sereno que atraiu a atenção de Romildo, na época com aproximadamente 31 anos de idade. Homem de poucas palavras e poucos amigos.

Romildo passou a cercar a jovem estudante. Os passos que eram dados por Jôissi eram seguidos pelo acusado. A paixão platônica foi ficando descontrolada ao ponto de incomodar a menina que, passava a sentir medo do acusado.

Testemunhas relataram que Romildo acompanhava a menina até quando ela ia para a escola.  Muitas vezes a esperava no ponto do ônibus. Desconfiada das atitudes do acusado e temendo algo pior, a família da Jôissi passou a se preocupar com a vida da jovem. O pai da vítima chegou a vias de fatos com o acusado quando, em um momento de descontrole, Romildo agarrou à força a menina. Uma trágica página estaria sendo escrita na vida daquela família.

Foram mais de um ano de perseguição e ameaça. A família deixou o sítio onde morava e passou a morar na cidade. Não tinha jeito. Dominado pela possessiva paixão, Romildo continuava a cerca a Jôissi.

Como a bela o Jôissi nunca aceitou algum tipo de relacionamento com o acusado, o pior aconteceu. 

Romildo sabia dos passos da vítima. Na tarde daquele domingo, o acusado se armou com uma faca peixeira e ficou esperando Jôissi retornar do sítio do seu avô. Covardemente, brutalmente, friamente e de forma calculista; sem oferecer defesa à vítima, Romildo tirou a vida de Jôissi e destruiu uma família inteira.     
    
Sonhos interrompidos, planos desfeitos, corações em pedaços e cortes na alma que jamais serão cicatrizados. Ainda chorando a dor da perca e lamentado a ausência; familiares e amigos da Jôissi só se acalentam na esperança de ver o criminoso pagar pelo que fez.

Por Júnior Campos 
Imagens  - Ionaldo Balbino/RegionalOnline

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