O ministro da Saúde, Marcelo Castro, classificou como "gravíssimo" o aumento de casos de microcefalia no Nordeste e não descartou a possibilidade de que o problema se alastre para outros Estados e para outros países, caso de fato seja comprovado que o problema está relacionado à transmissão vertical do zika vírus.
Considerada até então uma doença rara, a microcefalia aumentou de forma nunca vista na história recente. O País contabiliza 399 casos, a maioria identificada nos últimos três meses. Somente em Pernambuco, foram notificados 268 bebês com a má-formação, um indicador 29 vezes maior do que a média anual registrada no período entre 2010 e 2014, de 9 casos. Além de Pernambuco, casos foram identificados em Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí, Ceará e Bahia.
Suspeito de causar de microcefalia em bebês, zika vírus foi descoberto em 1947 em floresta da África
Questionado sobre os cuidados que devem ser adotados para gravidez em razão do aumento de casos de microcefalia no País, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, sentenciou: "Sexo é para amadores, gravidez é para profissionais".
O ministro ressaltou a necessidade de o casal discutir com o médico a conveniência de uma gestação no momento em que se investiga a possibilidade de o zika vírus provocar no feto a má-formação. Se a decisão for engravidar, disse, o ideal é que todos os cuidados sejam adotados, tanto antes quanto durante o período da gestação.
Não há ainda como afirmar a causa do problema, mas a maior suspeita é a de que o súbito aumento tenha sido provocado pela infecção por zika vírus da mãe para o bebê, no período da gestação. Isso porque cerca de 80% das gestantes apresentaram nos primeiros meses febre, coceiras e manchas pelo corpo. Essa possibilidade foi reforçada nesta terça-feira (17), com a divulgação de um teste feito no líquido amniótico de dois fetos, na Paraíba.
O ministro argumentou que, como não há literatura sobre o assunto, é preciso ter cautela para afirmar de forma categórica que o aumento de casos é fruto da infecção pelo zika, um vírus que chegou ao País neste ano, provocou epidemia no Nordeste e já está presente em 14 Estados, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo.
Em visita ao Brasil, a diretora da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, afirmou que a entidade está acompanhando de perto a investigação que está em curso no País.
— Apesar de o achado de ontem ser de grande importância, é preciso continuar o trabalho. A ligação entre a microcefalia e o zika ainda não está determinada.
O ministro argumentou que, como não há literatura sobre o assunto, é preciso ter cautela para afirmar de forma categórica que o aumento de casos é fruto da infecção pelo zika, um vírus que chegou ao País neste ano, provocou epidemia no Nordeste e já está presente em 14 Estados, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo.
Em visita ao Brasil, a diretora da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, afirmou que a entidade está acompanhando de perto a investigação que está em curso no País.
— Apesar de o achado de ontem ser de grande importância, é preciso continuar o trabalho. A ligação entre a microcefalia e o zika ainda não está determinada.
A diretora considerou incomum o aumento de casos da doença no País e avaliou que o Brasil está tomando todas as ações necessárias.
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