31 de março de 2017

Polícia do RN pode cruzar os braços na próxima terça


Policiais e bombeiros militares continuam acampados em frente à Governadoria. O objetivo é permanecer no local até que o Governo do RN encaminhe as demandas da categoria à Assembleia Legislativa do RN. Caso não haja ações do Executivo, os militares têm um indicativo de paralisação para a próxima terça-feira (4).
Os militares em folga se revezam para manter as instalações. No entanto, de acordo com o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares (ASSPMBMRN), Eliabe Marques, podem participar do acampamento os profissionais em serviço também. “Hoje no acampamento está o efetivo de folga, caso o Governo não tenha nenhuma atitude prática até esta próxima segunda-feira, então na terça-feira seguinte ingressarão os que estão de folga e os que estão de serviço”, afirma o presidente.
Em destaque, na pauta de reivindicações, estão quatro itens: o encaminhamento da Lei de Organização Básica (LOB) à Assembleia Legislativa do RN; a retirada dos militares estaduais da Mensagem 118/2017 (Reforma da Previdência Estadual); o encaminhamento da majoração da Diária Operacional; e a modificação dos artigos 10 e 11 da Lei de Ingresso.  De acordo com Eliabe Marques, são questões insistentemente apresentadas ao Governo do RN, que se comprometeu a cumprir, mas não tem executado os prazos prometidos.

Monitoramento de presos é suspenso no RN por falta de pagamento



O monitoramento de presos que usam tornozeleiras eletrônicas no Rio Grande do Norte está suspenso desde esta quarta-feira (29). A denúncia foi feita pelo juiz da vara de Execuções Penais de Natal, Henrique Baltazar, nesta quinta-feira (30), e confirmada pela empresa responsável pelo serviço.
G1 entrou em contato com a Spacecom, que tem sede no Paraná, e foi informado que o repasse do monitoramento para as forças de segurança do RN está suspenso até que o pagamento seja normalizado. De acordo com a empresa, desde outubro de 2016 que os valores não são repassados, totalizando mais de R$ 900 mil.
A Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), por sua vez, questionada sobre a situação, declarou que não há prejuízo para o monitoramento. “Houve alguns entraves burocráticos, mas a situação está sendo regularizada e não há nenhum prejuízo para o monitoramento”, disse o secretário Walber Virgolino.
Na manhã desta quinta-feira, o juiz Henrique Baltazar foi ouvido na Comissão Especial do Sistema Penitenciário, na Assembleia Legislativa, e afirmou que mais de 500 apenados que usam tornozeleiras eletrônicas não estão sendo monitorados, devido a suspensão dos serviços.
Segundo a empresa Spacecom, o monitoramento é suspenso apenas no Rio Grande do Norte. O acesso ao sistema por parte das forças de segurança do estado foi bloqueado até a regularização do pagamento, no entanto, a empresa continua podendo rastrear todas as tornozeleiras a partir da sede em Curitiba.

Garota de 14 anos, namorado e mototaxista são assassinados no RN

Lucélia Silva, de 14 anos, estava indo para casa do namorado quando foi morta (Foto: Divulgação / PM)Lucélia Silva, de 14 anos, estava indo para casa do namorado quando foi morta (Foto: Divulgação / PM)
Três pessoas foram assassinadas a tiros, na cidade de São Tomé, distante pouco mais de 100 km de Natal. Um mototaxista conduzia um casal quando bandidos se aproximaram em outra motocicleta e abriram fogo contra eles, usando revólver e espingarda calibre 12.
A adolescente de 14 anos, identificada como Lucélia Silva Amaro Barbosa, e o namorado dela, Miguel Cassiano de Araújo Filho, de 17 anos, foram atingidos e morreram, bem como o mototaxista, identificado apenas como Damião.
A ocorrência aconteceu no sítio Bela Vista, na zona rural de São Tomé. O sargento PM Luiz Gonzaga da Silva informou que o triplo homicídio aconteceu entre o final da noite desta quarta-feira (29) e madrugada desta quinta-feira (30).
Miguel Cassiano, de 17 anos, e o mototaxista Damião foram as outras vítimas (Foto: Divulgação / PM)Miguel Cassiano, de 17 anos, e o mototaxista Damião foram as outras vítimas (Foto: Divulgação / PM)
"Não sabemos exatamente a hora em que aconteceu, o que se sabe é que o mototaxista Damião levava o casal para a casa da mãe de Miguel. O adolescente de 17 anos tinha envolvimento com tráfico de drogas e assaltos. Então, provavelmente foi acerto de contas contra ele", relatou.

Homem de 52 anos é executado em Felipe Camarão



Um homem de 52 anos foi executado dentro de casa, na madrugada desta sexta-feira (31), na rua Peixe Boi, no bairro Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. Dimas Chagas da Silva sofreu tiros na cabeça disparados por dois suspeitos já identificados.
De acordo com a Polícia Militar o crime foi registrado por volta de 1h, a vítima estava sentada quando uma dupla se aproximou da casa e efetuou os disparos. As razões para o crime ainda são desconhecidas, mas serão investigadas pela Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa.

30 de março de 2017

Em livro, preso narra o que sentiu e como viu o 'massacre de Alcaçuz'

19/01 - Presos são vistos durante um confronto de facções na penitenciária de Alcaçuz, perto de Natal, no Rio Grande do Norte (Foto: Andressa Anholete/AFP)Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior presídio do RN, foi palco de matança em janeiro (Foto: Andressa Anholete/AFP)
Paulista, publicitário, 43 anos. Newton Albuquerque Gomes de Andrade também é autor de cinco livros. O primeiro deve ser publicado ainda este ano. "É a realização de um sonho", afirma. Porém, quem imagina um homem de carreira ascendente e bem-sucedido, vai se surpreender com o rumo inverso que a vida dele tomou. A oportunidade de conhecer esta história está na obra ‘A Escolha Errada’. Além de revelar como o autor foi parar no maior presídio do Rio Grande do Norte, o livro ainda traz um capítulo especial que só foi incluído agora. Chama-se ‘Massacre Sangrento em Alcaçuz’.
G1 teve acesso exclusivo ao capítulo. O texto, que contém passagens que ainda serão editadas, narra com detalhes o que Newton viu e sentiu na tarde de 14 de janeiro deste ano, quando duas facções rivais se confrontaram dentro de um dos pavilhões da unidade. Pelo menos 26 presos foram brutalmente assassinados. Destes, 15 tiveram as cabeças arrancadas. Corpos também foram esquartejados e depois queimados. O episódio é o mais sangrento da história do sistema prisional potiguar.
O autor
Newton Albuquerque foi preso em outubro de 2008 em Jenipabu, uma das mais belas praias do Rio Grande do Norte. Era a quinta viagem que ele fazia transportando drogas de São Paulopara o Nordeste. Na ocasião, foi flagrado com 200 quilos de crack e outros 100 quilos de cocaína. Perdeu? Perdeu a droga, não ganhou dinheiro algum, ficou desempregado, não voltou para casa e ainda deu adeus à liberdade. Ganhou? Ganhou 20 anos e nove meses de cadeia e um novo endereço: Alcaçuz. A penitenciária fica em Nísia Floresta, na Grande Natal, distante 3 mil quilômetros da capital paulista.
‘A Escolha Errada’, de Newton Albuquerque, deve ser publicado ainda este ano  (Foto: Divulgação)‘A Escolha Errada’, de Newton Albuquerque,
deve ser publicado ainda este ano
(Foto: Divulgação)
Os livros de Newton foram escritos na cela de número 22 do setor médico da penitenciária, uma ala considerada tranquila. Lá, estão encarcerados presos que ajudam na cozinha e na limpeza da unidade. Lá também ficam detentos que são ex-policiais, presos que participam de atividades religiosas, condenados que cometeram crimes de violência contra crianças, estupradores... Enfim, é a casa dos apenados que, se forem colocados nos demais pavilhões da penitenciária, certamente terão problemas de convivência – seja pelas atividades que desempenhavam fora do presídio ou por optarem em não participar de nenhuma facção criminosa.
E foi de lá, numa caminhada de rotina pelo setor médico, que Newton vivenciou um medo jamais sentido. “O que aconteceu é algo que até eu, que já sou interno há oito anos, não consigo explicar. Mesmo convivendo nesse ambiente carcerário, e sabendo que é de praxe presenciar cenas assustadoras, as que assisti deixam realmente claro a calamidade do sistema carcerário. Não só o norte-rio-grandense, mas de todo o Brasil que acompanha quase todos os dias os problemas crônicos de um sistema que se tornou uma fábrica de preparar membros para facções criminosas”, escreveu.
Ao todo, até o momento, Itep já recolheu corpos de 26 presos em Alcaçuz (Foto: Divulgação/PM)Pelo menos 26 presos foram mortos durante as rebeliões de janeiro em Alcaçuz (Foto: Divulgação/PM)
O início
Além do testemunho do medo e tensão de quem estava presente quando estourou a rebelião, o capítulo sobre a matança também relata como tudo começou. “O sábado, dia 14 de janeiro, estava normal. Era mais um final de semana onde as famílias adentram o complexo para visitar os seus parentes que aqui cumprem suas penas impostas pela Justiça. Aparentemente, tudo se encontrava em absoluto controle. Por volta das três horas da tarde, os visitantes começaram a deixar o presídio para voltar às suas residências. Os internos do pavilhão 5, fortemente armados com facas, pedaços de ferros, de paus e acredite, até com armas de fogo, invadiram o pavilhão 4, que ficava ao lado em uma distância insignificante, onde abrigava membros da facção rival que são inimigos mortais, para realizar uma matança monstruosa”, narrou.
Ainda de acordo com o preso, a rixa entre os presos do 'PCC' e do 'Sindicato do Crime do RN' também deixou os agentes penitenciários de Alcaçuz em pânico, principalmente quando viram um dos colegas passar por maus momentos. “Um companheiro havia ficado para trás no meio daquela confusão toda, correndo um sério risco de perder a sua vida. Mas, graças a Deus, ele foi resgatado sem nenhum arranhão”, afirmou Newton.
Em meio aos relatos, Newton também escreve que não queria fazer parte daquela barbárie, e diz que sentiu muito medo. “Não queria participar daquilo. Pedia a Deus para cessar, mas quanto mais se ouvia gritos, mais se escutava tiros que vinham das guaritas. Agentes penitenciários e policiais militares tentavam conter o avanço. A precaução era não deixar o confronto acontecer no setor médico, para não ocorrer mais uma carnificina. E eu estava ali, naquele meio”.
Presos são vistos durante um confronto de facções na penitenciária de Alcaçuz, perto de Natal, no Rio Grande do Norte (Foto: Andressa Anholete/AFP)Maior penitenciária do RN, Alcaçuz virou campo de batalha (Foto: Andressa Anholete/AFP)
Inferno
Em outro trecho do capítulo sobre a matança, Newton também recorda de ter visto imagens gravadas pelos próprios presos que mostravam cenas da carnificina, vídeos feitos por meio de aparelhos celulares. “Uma hora depois do acontecido já podíamos ver vídeos que rolavam na internet e que mostravam os corredores da cadeia, com cenas de extrema barbárie, vários internos amontoados mortos, muitos deles decapitados, estraçalhados com uma brutalidade comparada aos radicais do estado islâmico”. E acrescentou: “Em um desses vídeos, um preso tentava tirar com as mãos algo como se fosse o coração da vítima. Meu Deus, a cena era fortíssima. Eu não aguentei. E depois que assisti tive a certeza absoluta de que o inferno era mesmo em Alcaçuz”.
Com medo de morrer, Newton conta que também se armou. Para se defender, no entanto, não usou faca, barra de ferro ou revólver. Sua vida, segundo ele mesmo, dependia de algo menos ofensivo. “Segurando a minha arma que era apenas um pedaço de madeira, fiz uma pequena reflexão: meu Deus, por que essas pessoas se matam desta maneira? Por que tanto ódio, tanta raiva ao ponto dessas crueldades? Por que eu, que não pertenço mais ao crime, preciso passar por isso? Por que ainda não deixei esse inferno?”.
Nilton digitaliza páginas manuscritas; notebook foi presente de juiz (Foto: Reprodução/ Inter TV Cabugi)Newton digitaliza tudo o que escreve em um
notebook que ganhou de presente de um juiz
(Foto: Reprodução/ Inter TV Cabugi)
Escolha errada
Além de 'A Escolha Errada', também aguardam publicação 'O Pequeno Gênio', 'Anjos do Parque', 'Playboys do Crime' e 'Quatro Estações'. Todos foram escritos à mão. Depois, as obras foram digitadas em um notebook. O computador portátil, que não tem acesso à internet, foi presente de um juiz.
Especialista em segurança pública e um dos coordenadores do instituto Observatório da Violência do RN (OBVIO), Ivênio Hermes é quem está editando as obras de Newton. Ele enaltece o esforço do publicitário. “Quem quer se reabilitar, precisa de incentivo e ferramentas para isso. São pessoas que podem voltar à sociedade como membros produtivos dela. O sonho delas precisa se realizar para que outros possam ver que o exemplo é digno de ser seguido”, disse.
"Eu fiz uma escolha errada na hora de trazer a droga. Mas, uma pessoa simples pode fazer a escolha errada na hora de comprar uma roupa, um tênis, até em um relacionamento. Todos nós, seres humanos, vamos fazer uma escolha errada em nossas vidas. Eu fiz a minha. Então, eu conto a escolha errada que fiz neste livro que é para servir de exemplo. O crime não compensa", disse Newton Albuquerque.

Cunha é condenado a 15 anos de prisão por 3 crimes na Lava Jato



Ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi condenado pela primeira vez na Operação Lava Jato (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou nesta quinta-feira (30) o deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a 15 anos e 4 meses de reclusão. Esta é a primeira condenação dele.
Eduardo Cunha foi condenado por corrupção passiva pela solicitação e recebimento de vantagem indevida no contrato de exploração de petróleo em Benin, na África, por três crimes de lavagem de dinheiro e dois crimes de evasão fraudulenta de divisas.
A defesa do deputado cassado informou que vai recorrer ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, em Porto Alegre (RS).
O ex-presidente da Câmara foi preso no dia 19 de outubro de 2016, em Brasília. Atualmente, ele está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR).
Na denúncia oferecida à Justiça Federal, o Ministério Público Federal (MPF) acusado Eduardo Cunha de receber propina em um contrato da Petrobras para a exploração de petróleo no Benin.
Moro absolveu o deputado cassado de lavagem de dinheiro em relação uma transferência bancária internacional porque, de acordo com o juiz, os valores não foram provenientes de vantagem indevida, e de evasão de divisas em relação à omissão de saldo de contas mantidas no exterior.
“O condenado recebeu vantagem indevida no exercício do mandato de Deputado Federal, em 2011. A responsabilidade de um parlamentar federal é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio. Agiu, portanto, com culpabilidade extremada, o que também deve ser valorado negativamente”, afirmou o juiz federal na sentença.
De acordo com a sentença, Eduardo Cunha recebeu cerca de US$ 1,5 milhão – atualmente de cerca de R$ 4.643.550.
Ação civil
Na Justiça Federal do Paraná, Cunha responde ainda a uma ação civil de improbidade administrativa, também movida no âmbito da Operação Lava Jato, que alega a formulação de um esquema entre os réus visando o recebimento de vantagem ilícita proveniente de contratos da Petrobras. A ação corre na 6ª Vara Cível.
G1

29 de março de 2017

Foragido da Justiça de PE é preso por agentes do GOE no interior do RN

Agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais prenderam, nesta terça-feira (28), na cidade de Bom Jesus, RN, um foragido da Justiça do estado de Pernambuco. João Luiz de Souza, mais conhecido como "Gordo", de 37 anos, tinha mandado de prisão em aberto expedido pelo juiz Abner Apolinário da Silva, no dia 22 de março de 2016.
João Luiz vinha sendo procurado pela polícia pernambucana e, após contato feito com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, os policiais de PE pediram apoio para localizar o foragido.
Com isso, os agentes do GOE conseguiram encontrar o foragido na cidade de Bom Jesus. O mandado de prisão contra o João Luiz é referente a um crime de homicídio que teve como vítima Edvaldo Amaro Luna de Sena.
Agentes do GOE durante abordagem para localizar pernambucano foragido da Justiça. (Foto: Divulgação / GOE)Agentes durante abordagem para localizar pernambucano foragido da Justiça. (Foto: Divulgação / GOE)

Quadrilha explode agência bancária e metralha destacamento da polícia



Cerca de dez homens armados de escopetas, fuzis e pistolas invadiram a cidade de Tenente Laurentino Cruz, distante 250 km de Natal, explodiram uma agência bancária e metralharam a unidade da Polícia Militar instalada no município. A quadrilha chegou em duas caminhonetes e ainda mantiveram pessoas como reféns durante a ação.
De acordo com informações do policiamento local não houve como ocorrer uma reação devido a desproporção entre criminosos e agentes da segurança pública. Os assaltantes renderam algumas pessoas que estavam na rua por volta de 1h mantendo elas como reféns, mas depois foram liberadas.
Segundo testemunhas o bando permaneceu na cidade cerca de 20 minutos até fugirem, mas antes explodiram a agência do Bradesco e para intimidar os poucos PMs ainda metralharam o prédio do destacamento. Ninguém foi preso.

28 de março de 2017

Em depoimentos, relator indica argumentos para cassar Temer

O ministro Herman Benjamin, no TSE
Perguntas feitas pelo ministro Herman Benjamin, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a delatores da Odebrecht indicam ao menos três pontos que devem ser utilizados para embasar sua posição no processo que pode cassar a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014.
Relator da ação, ele insistiu em questionamentos sobre esses temas e chegou a indicar, ainda que discretamente, seu posicionamento durante as oitivas. A expectativa, segundo a Folha apurou, é que ele peça a cassação da chapa. O ministro não se manifesta sobre o voto, em razão de sigilo.
O primeiro ponto abordado com insistência por ele trata do uso de R$ 50 milhões em propina na campanha, fruto, segundo os delatores, de contrapartida pela aprovação da medida provisória 470, apelidada de Refis da Crise, em 2009.
O dinheiro, de acordo com a delação, acabou não sendo utilizado na campanha de 2010, ficando como “crédito” para as eleições de 2014.
O segundo tema é o pagamento de R$ 25 milhões, via caixa 2, para “comprar” (termo usado nos relatos) o apoio de partidos à chapa Dilma-Temer e aumentar o espaço de propaganda na televisão.
O terceiro assunto perseguido pelo relator nos depoimentos diz respeito a gastos não declarados de ao menos R$ 16 milhões com o marqueteiro João Santana, que trabalhou na campanha.
Os depoentes que mais trataram dos temas foram Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo, Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações Institucionais, Hilberto Mascarenhas, ex-diretor do departamento de operações estruturadas da empresa, conhecido como o setor de propinas, e Fernando Migliaccio, ex-funcionário da mesma área.
Para entender o processo de aprovação da MP 470, Benjamin fez ao menos 25 perguntas somente a Marcelo Odebrecht.
No diálogo, o ministro questiona: “Os R$ 50 milhões não saíram em 2010?”. O executivo responde que não e é novamente acionado: “Ficou o crédito?”. Em seguida, o relator faz perguntas sobre de que forma o governo teria dado contrapartida ao grupo.
O ministro do TSE deixa claro que, além de querer saber se o dinheiro foi ou não utilizado em 2014, também quer esclarecer se trata-se de caixa 2 “puro”, uma doação não contabilizada, ou se foi um ato de corrupção, quando envolve promessa ou ato em troca de uma vantagem indevida.
Durante as audiências,o ministro expôs seu entendimento sobre a diferença.
“Porque tecnicamente, só para orientar o depoimento, eu nem sei se o senhor terá informações sobre isso, caixa 2 não está necessariamente vinculada à propina no sentido de: olha, eu vou lhe dar um benefício que não é muito lícito, mas, em contrapartida, eu espero uma contribuição. Isso é propina”, disse o relator.
COMPRA DE ALIADOS
Sobre a compra de partidos para que a coligação tivesse mais tempo na televisão, Benjamin indagou ao menos 29 vezes Alexandrino Alencar, o responsável pela negociação de R$ 21 milhões com três siglas (PC do B, Pros e PR) em menos de uma hora de oitiva. Esse foi basicamente o único tema explorado com o ex-executivo. Além desses partidos, o PDT, segundo a Odebrecht, recebeu R$ 4 milhões pelo mesmo esquema.
“Em outras palavras, segundo o que o senhor disse, só com a compra de tempo de três partidos e, portanto, de caixa 2, esse valor já superava a contribuição oficial? Não é isso?”, disse Benjamin.
Os partidos negam a acusação e afirmam que apoiaram a chapa Dilma-Temer por questões ideológicas.
Os três pontos destacados dizem respeito apenas aos depoimentos de delatores da Odebrecht – os últimos a serem chamados. A Folha teve acesso às transcrições na última semana.
O processo, porém, começou em 2014, logo depois da eleição. Cerca de 50 pessoas foram ouvidas ao longo desses dois anos. Nesta segunda (24), ele entregou o relatório final do caso ao tribunal, abrindo caminho para o início do julgamento da ação.
FOLHAPRESS

Pelo 5º dia seguido, mais uma farmácia é assaltada

Pelo 5º dia seguido, mais uma farmácia foi alvo da ação de bandidos na capital do Rio Grande do Norte. Na noite desta segunda-feira (27) uma farmácia que fica na Av. Rui Barbosa, no bairro de Lagoa Nova, foi a vítima.
De acordo com clientes, quatro homens armados invadiram o estabelecimento e anunciaram o assalto. Na ação que durou menos de cinco minutos, os bandidos roubaram todo dinheiro em caixa e pertences de clientes. Eles fugiram em um veículo de cor branca com destino ignorado. A Polícia foi acionada, mas ninguém foi preso até o momento.
Natal Notícais

Chuva rompe adutora e seis cidades do RN entram em colapso hídrico

Seca no Rio Grande do Norte (Foto: Canindé Soares)153 municípios estão em situação de emergência no RN (Foto: Canindé Soares)
Uma tubulação da Adutora Médio Oeste rompeu e deixou as cidades de Campo GrandeJanduísMessias TarginoPatu, Paraú, Triunfo Potiguar sem o fornecimento de água. É o que diz a  Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). Com a entrada na lista de colapso as cidades estão com a emissão de contas suspensa.
"As fortes chuvas criaram correntezas que deslocaram a adutora, trazendo danos irreparáveis para os equipamentos", afirmou a assessoria de imprensa da Caern.

A região onde é feita a captação da adutora Médio Oeste é de difícil acesso e fica próximo a uma região com muitas serras. A Caern avalia medidas para reparar o sistema, mas ainda não é possível prever o prazo de conserto.

Desde o segundo semestre do ano passado que as cidades abastecidas pela Adutora Médio Oeste estão em rodízio de abastecimento em função da redução do volume de água no Rio Piranhas/Açu.
R$ 4 bilhões de prejuízo
O Governo do Rio Grande do Norte decretou, por mais 180 dias, a situação de emergência em 153 municípios do estado – o equivalente a 91,6% das 167 cidades que compõem o território potiguar. O motivo? A pior seca da histórica do estado, que já causou prejuízo de R$ 4 bilhões. O decreto foi publicado na quinta-feira (23) no Diário Oficial do Estado (veja AQUI a íntegra do documento). Esta é a oitava vez seguida de decretação de emergência devido à estiagem.
Em dezembro, o G1 publicou matéria mostrando que a mais longa e severa estiagem da história do Rio Grande do Norte está fazendo o maior reservatório do estado - a barragem Armando Ribeiro Gonçalves - secar. A reportagem visitou sete cidades onde os canos estão secos ou há rodízio de água – em uma delas, até uma cidade submersa pela represa reapareceu. A seca afeta moradores, a produção agropecuária e até o PIB do estado.

27 de março de 2017

Senador e deputados são citados em delações sobre desvios no Idema/RN

Ex-diretor do Idema, Gutson Reinaldo é apontado pelo MP como líder do esquema descoberto no Idema (Foto: Reprodução/ Inter TV Cabugi)Ex-diretor do Idema, Gutson Reinaldo é apontado pelo MP como líder do esquema descoberto no Idema (Foto: Reprodução/ Inter TV Cabugi)
Um senador da República e dois deputados federais do Rio Grande do Norte foram citados em delações premiadas celebradas entre o Ministério Público Federal, o Ministério Público potiguar, o ex-diretor administrativo do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) e uma professora universitária. As citações são relativas ao esquema de desvios dentro do Idema que resultou na deflagração da operação Candeeiro, em setembro de 2015. As delações, que ainda estão sob sigilo, foram homologadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux em 3 de março passado. O G1 teve acesso ao documento.
Com a homologação por parte do Supremo Tribunal Federal, as delações passam a servir como base para novos pedidos de inquérito e investigações das Operações Dama de Espadas e Candeeiro. A partir de agora, os autos dos processos resultantes das duas ações seguem para o STF.
O ministro ressalta que os termos de acordo de colaboração premiada homologados foram conduzidos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que as delações se baseiam na Lei 12.850/2013, que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal.Luiz Fux lembra, no documento, que a Operação Candeeiro investigou “esquema de corrupção desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no âmbito do Idema”. O texto da homologação não traz os políticos citados por Gutson Reinaldo e Vilma Rejane nas delações, mas o ministro esclarece que “em face da menção dos colaboradores ao envolvimento de parlamentares federais, especificamente dois deputados federais e um senador, nos fatos delituosos, configura-se a competência do Supremo Tribunal Federal para a homologação dos acordos”.
Ex-diretor do Idema, Gutson Reinaldo é apontado pelo MP como líder do esquema descoberto no Idema (Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte)Gutson Reinaldo está em prisão domiciliar desde dezembro (Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte)
Gutson
Em dezembro passado, o G1 antecipou que Gutson Reinaldo havia assinado a delação premiada. No acordo, Gutson se compromete a devolver R$ 350 mil e quatro imóveis que, segundo ele, foram adquiridos com dinheiro proveniente de desvios e que ainda não tinham sido identificados pelo MP na investigação que culminou na deflagração da Operação Candeeiro. Desde o dia 20 de dezembro, ele cumpre prisão domiciliar, o que foi acordado entre as partes.
Em 25 de abril do ano passado, Gutson, que era apontado como o cabeça do esquema de desvios no Idema, foi condenado a 17 anos e um mês de reclusão em regime fechado pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de ter que restituir R$ 13.790.100,60 aos cofres públicos. Ele foi condenado ainda a perda de 17 bens que inclui uma casa na praia de Cotovelo, apartamentos em prédios no bairro de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal, e uma casa no condomínio Bosque das Palmeiras, em Parnamirim. Outras dez pessoas também foram condenadas nesse processo, que já tem uma deleção premiada homologada: a de Clebson José Bezerril, ex-diretor financeiro do Idema.
No acordo, o ex-diretor administrativo do Idema se compromete a identificar - “sem malícia ou reservas mentais”, conforme trecho do documento, os "autores, coautores e partícipes das diversas organizações criminosas" que tenham envolvimento com desvios de dinheiro público. Gutson decidiu revelar a "estrutura hierárquica e a divisão de tarefas" nos esquemas. Para isso, forneceu documentos e outras provas materiais.
As operações Dama de Espadas e Candeeiro foram deflagradas pelo MP em 2015. Segundo os promotores de Justiça, a primeira apurou desvios de R$ 5,5 milhões da Assembleia Legislativa potiguar. Em relação à Candeeiro, um relatório elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e divulgado em outubro passado aponta que foram desviados R$ 34.943.970,95 do Idema entre os anos de 2011 e 2015.
Ainda não se sabe quem Gutson Reinaldo citou, mas a expectativa é que a delação faça a intersecção entre as duas operações. A Dama de Espadas prendeu a mãe de Gutson, a ex-procuradora-geral da Assembleia Legislativa Rita das Mercês Reinaldo, em 20 de agosto do ano passado – 14 dias antes da prisão do filho. De acordo com os promotores, os dois esquemas fraudulentos, separadamente, eram operados por mãe e filho.

Atirador do MPRN diz que comprou arma no 'mercado negro'; leia carta

“A arma utilizada é totalmente ilegal, vale dizer, não registrada, ilícita, bandida, comprada no mercado negro”. É desta forma que o servidor público Guilherme Wanderley Lopes da Silva, de 44 anos, se refere ao revólver que ele usou no atentado ocorrido na última sexta-feira (24) dentro do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Os disparos feriram o procurador-geral de Justiça Adjunto do Rio Grande do Norte Jovino Pereira Sobrinho e o promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra. Um dos alvos também foi o procurador-geral de Justiça Rinaldo Reis, mas o servidor errou o tiro.
Trecho da carta deixada pelo servidor Guilherme Wanderley Lopes da Silva  (Foto: Reprodução/Carta divulgada pelo MPRN)Trecho da carta deixada pelo servidor Guilherme Wanderley Lopes da Silva (Foto: Reprodução/Carta divulgada pelo MPRN)
O atirador está preso. Guilherme se apresentou à polícia no sábado (25). Exonerado do cargo comissionado, ele trabalhava no MP há 20 anos.
Atirador do Ministério Público chega ao Comando da Polícia Militar (Foto: Carlos Lima/Inter TV Cabugi)Atirador do Ministério Público chega ao Comando da Polícia Militar (Foto: Carlos Lima/Inter TV Cabugi)
O relato sobre a arma consta em uma carta que o próprio Guilherme escreveu e deixou sobre a mesa do procurador-geral antes de abrir fogo. Faz parte de uma série de itens enumerados como justificativa para a intenção de matar. Nesta segunda (27), o Ministério Público divulgou partes da carta que não havia divulgado no fim de semana, quando revelou a existência do documento.
Em outro trecho, ainda ao tratar da arma, os servidor acrescentou: “Rinaldo tinha que ser preso, afastado da politicagem. Mas, como isso não era possível, tinha que morrer. A morte por tiro, por incrível que pareça, é uma das mais humanas, piedosas, pois, dependendo, pode ser rápida, ou seja, com pouco momento de agonia. O que desejo atingir com isso é mostrar que aqui tem gente de bem e, como tal, disposta a mover montanhas para amenizar a vergonhosa sangria de nossa Pátria” (SIC)."Depois, não venham dizer que o povo de bem deve ser desarmado, quanta hipocrisia! Pensei até nisso ao escolher a arma proibida. A arma tinha que ser ilegal e por ironia do destino, até agradeço ao bandido que me vendeu e confiou em mim. Pelo menos fiz bom uso do artefato e o bandido, sem saber, também fez algo bom" (SIC), escreveu Guilherme.
Carta
Em outros trechos da carta -- já destacados peloG1 após parte do conteúdo ser divulgado pelo MP -- Guilherme destacou que "terrorismo se combate com fogo", e também enfatizou que "alguém precisava fazer algo efetivo e dar uma resposta a esse genuíno crime organizado".
'Situação emocional terrível'
O advogado Jonas Antunes, que defende Guilherme, quer um diagnóstico psicológico do servidor. A defesa também disse que o cliente 'está em uma situação emocional terrível'.

'Por pouco não fiquei tetraplégico'
G1 conversou com Wendell Beetoven na manhã desta segunda (27). Ele e Josino Sobrinho passaram por cirurgias e se recuperam dos tiros que levaram. A conversa foi por meio do WhatsApp, já que o promotor disse que falta fôlego e que por isso ainda não consegue falar direiro. "Estou na UTI, ainda muito mal, com um pulmão perfurado e costelas quebradas. O projétil passou raspando na coluna vertebral. Escapei de morrer e por pouco não fiquei tetraplégico", relatou.

25 de março de 2017

É HOJE


Servidor que atirou em promotores se comunica com a família e deve se entregar neste sábado a polícia

Resultado de imagem para Guilherme Wanderley Lopes da Silva
O Blog teve teve a confirmação de um familiar que Guilherme Wanderley Lopes da Silva, servidor do MPRN que atentou contra promotores nesta sexta-feira na sede do órgão se comunicou com familiares na noite desta sexta-feira.
Segundo nossa fonte, Guilherme deverá se entregar neste sábado a polícia.

ENTENDA O CASO ...

Está no Diário Oficial a exoneração do cargo de confiança de Guilherme Wanderley Lopes da Sila.
Guilherme disparou vários tiros nesta sexta-feira na sede do MP acertando os promotores Wendell Bethoven e Jovino Pereira.
Apesar de ser servidor efetivo do orgão, Guilherme exercia há muitos anos um cargo de confiança.

24 de março de 2017

Ladrões roubam moto em Barra do Geraldo e a policia recupera moto próximo a Lagoa D'anta

A motocicleta de placas MZK 8181, Honda CG 125 ES de cor preta foi tomada de assalto por volta das 19 horas dessa sexta-feira na comunidade rural de Barra do Geraldo Município de Passa e Fica. Duas jovens se dirigiam sentido Passa e Fica a poucos metros após saírem de casa foram abordadas por dois elementos armados que anunciaram o assalto, usando armas e de forma violenta tomaram a motocicleta e dois aparelhos celulares e fugiram sentido a Cidade, a policia foi acionada e imediatamente entrou em diligencia e a guinação de Passa e Fica apoiada pela guarnição de Lagoa Danta, se depararam inicialmente a de Lagoa Danta com os indivíduos já chegando a Lagoa Danta, a Viatura entrou em perseguição a um dos elementos que abandonou a moto usada no assalto e fugiu no mato, o outro de posse da moto roubada tentou voltar sentido Passa e Fica mas se deparou com a guarnição de Passa e Fica e após receber ordem de parar aproveitando-se da escuridão da noite conseguiu se evadir no mato e a moto também foi recuperada.  Por fim as duas motos a que estava de posse dos assaltantes usada para cometer o roubo e a moto da vitima ambas foram recuperadas, porem os elementos conseguiram se evadir no mato, devido a escuridão não foi possível prender os mesmos. Graças ao trabalho da PM a proprietária pode ter sua moto recuperada.



Nesse Sábado em Lagoa do Cipoal Município de Passa e Fica


Deprov prende homem em desmanche de veículos roubados na Grande Natal


Policiais civis da Delegacia Especializada em Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov) prenderam, nesta quinta-feira (23), Shirlecio da Silva Pedro, 33 anos, quando o mesmo estava na sua residência, local onde o mesmo mantém um desmanche de veículos roubados, no bairro de Passagem de Areia, cidade de Parnamirim.
No local, foram apreendidas peças de dois veículos roubados, além de peças de outros automóveis que estavam sendo desmanchados.
Shirlecio foi autuado pelo crime de receptação qualificada e encaminhado ao sistema prisional onde ficará à disposição da Justiça. 
hhui