7 de setembro de 2017

PM que deveria estar preso por matar advogada a pauladas em Motel de Santo Antonio aparece em vídeo tomando banho de piscina

Gleyson Alex de Araújo Galvão deveria estar preso desde 2013, mas aparece em fotos recentes tomando banho de piscina (Foto: Cedida ao G1 RN)
O soldado da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Gleyson Alex de Araújo Galvão, está tendo momentos de lazer e diversão. Não deveria. De acordo com decisão judicial, é para ele ser mantido preso, à disposição da Justiça, enquanto aguarda julgamento pelo homicídio da advogada Vanessa Ricardo de Medeiros, de 37 anos, morta a pauladas em 2013 dentro de um motel na cidade de Santo Antônio, do interior do estado. Mas, o que se vê são fotos e vídeos (veja acima) nos quais o policial aparece tomando banho de piscina em um condomínio de apartamentos na Zona Oeste de Natal, distante mais de 10 quilômetros do 4º Batalhão da PM, que fica na Zona Norte, de onde ele não poderia sair. 


O G1 teve acesso às imagens que mostram o soldado em total liberdade e as repassou para o Comando de Policiamento Metropolitano, que prometeu abrir investigação. “Vamos instaurar um Procedimento Administrativo Militar para apurar o que houve”, ressaltou o tenente-coronel Zacarias Mendonça, comandante do CPM, ao confirmar que o soldado só pode deixar o quartel com ordem judicial. 

Comando da PM promete apurar o fato de o policial aparecer em fotos fora do quartel da PM, onde deveria estar detido (Foto: Cedida ao G1/RN)
 Comando da PM promete apurar o fato de o policial aparecer em fotos fora do quartel da PM, onde deveria estar detido (Foto: Cedida ao G1/RN)
 
"Isso é um descalabro. E quem, dentro do comando da PM, estiver dando cobertura a essa situação, está cometendo um crime. O governador deve tomar providências imediatas ou se tornará cúmplice desse absurdo", comentou o advogado Emanuel de Holanda Grilo, que defende a família da advogada assassinada. 

Gleyson Galvão deveria ter sentado no banco dos réus em novembro do ano passado, mas o júri popular acabou adiado porque o Ministério Público solicitou uma nova avaliação psiquiátrica do policial. Em julho deste ano, o juiz Rafael Barros Tomaz do Nascimento determinou que o soldado fosse submetido a um exame de sanidade mental. O teste chegou a ser marcado para o dia 15 de agosto, mas não aconteceu porque a defesa de Gleyson alegou que ele havia surtado, tendo sido necessário interná-lo com urgência no Hospital Psiquiátrico Dr. João Machado.
O G1 tentou falar com os advogados do soldado, mas não conseguiu contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários postados nas publicações são MODERADOS porem seus conteúdos são de responsabilidade dos autores.