12 de março de 2018

Funcionários dos Correios entram em greve hoje

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Servidores dos Correios entrarão em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12). De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), os trabalhadores são contra mudanças no plano de saúde da empresa, que preveem o pagamento das mensalidades pelos funcionários e a retirada de dependentes dos contratos.

“Além disso, o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900",, informou a Fentect, em nota, ressaltando que o salário médio dos trabalhadores dos Correios é de R$ 1,6 mil, “o pior salário entre empresas públicas e estatais”.

O início da greve coincide com o julgamento sobre o plano de saúde dos trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST), também marcado para amanhã, referente à última negociação salarial.

Segundo a Fentect, a mobilização nacional da categoria foi aprovada em assembleias dos sindicatos. Entre outras reivindicações, os trabalhadores são contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários; a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; a suspensão das férias dos trabalhadores; a extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa.

Além disso, entre as demandas da categoria estão a contratação de novos funcionários por meio de concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão.

A federação também é contra a extinção e terceirização do cargo de operador de triagem e transbordo, “importante para o movimento do fluxo postal interno”. “Para piorar a situação, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2.500 agências próprias, por todo o Brasil”, diz a nota da Fentect.

Para a categoria, o “desmonte” promovido pela gestão dos Correios tende a prejudicar ainda mais os serviços à população. “A Fentect esclarece que alguns argumentos repassados transmitem uma visão enganosa da realidade na estatal. Por exemplo, quanto ao monopólio dos Correios, que, hoje, corresponde apenas a cartas, malote e telegrama. O segmento de encomendas, como o Sedex, entretanto, sempre foi concorrencial”, informou.

Quanto ao reajuste dos preços dos serviços da estatal, a federação discorda de aumentos abusivos nos valores. “Já em relação ao argumento da ECT para esse reajuste, a respeito da segurança dos trabalhadores, a Fentect esclarece que não há nenhum benefício pago ao trabalhador por esse motivo, bem como nenhum adicional”.

No dia 6 deste mês, os Correios começaram a cobrar uma taxa extra de R$ 3 para encomendas com destino ao Rio de Janeiro. O motivo seria a elevação dos custos da entrega por causa da violência no município. No dia 9, entretanto, após decisão da Justiça Federal, a estatal suspendeu a cobrança.

Para a Fentect, a empresa não onera o governo federal ou o bolso do cidadão com arrecadação de impostos. “Ao contrário, é o governo quem tem retirado verbas da empresa, sem retorno, nos últimos anos, como da ordem de R$ 6 bilhões”, informou. “Com todos os erros e ingerências políticas na administração dos Correios, a direção da estatal promove essas e outras retiradas de direitos dos próprios trabalhadores, responsabilizando-os pelos danos da ECT.”

Oficialmente, a greve da categoria começa neste domingo (11) a partir das 22h, para que os funcionários que trabalham no turno da noite já possam aderir ao movimento.
A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com a assessoria dos Correios.

Edição: Nádia Franco
Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. A principal reivindicação é que a estatal volte atrás nas mudanças que pretende fazer no plano de saúde dos empregados. Hoje, os funcionários pagam um percentual das despesas do plano apenas quando o usam. Os Correios querem descontar dos salários um percentual fixo para manter o benefício, além da coparticipação. Reajustes salariais não são alvo da paralisação. Segundo Inês Capelli, presidente da Associação dos Profissionais dos Correios, 21 estados mais o Distrito Federal aderiram à greve. Ficaram de fora Amapá, Amazonas, Roraima e Sergipe. No Piauí, haverá assembleia hoje para decidir sobre a greve. Funcionários e empresa assinaram acordo coletivo mantendo o plano de saúde da forma que é hoje em agosto de 2017. Segundo Inês, os Correios recorreram ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tentar uma conciliação em torno de uma nova proposta, prevendo a cobrança de mensalidades. O julgamento sobre o caso será hoje. A proposta do TST é de que os funcionários arquem com 25% do valor do plano, incluindo dependentes (cônjuges e filhos). Pais e mães seriam excluídos, considerando um período de transição. Ainda não há informações sobre eventuais exigências de percentual mínimo de operação a ser mantido. Na paralisação do ano passado, a Justiça determinou que a estatal mantivesse 80% do seu pessoal efetivo trabalhando. Os Correios têm cerca de 106 mil funcionários em todo o País. Além das alterações no plano de saúde, a categoria reivindica melhores condições de trabalho. De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Telégrafos (Fentect), os servidores recebem, em média, R$ 1.600,00 por mês, que seria o menor valor entre as empresas públicas e estatais. A federação também critica a extinção do cargo de Operador de Triagem e Transbordo (OTT), que considera importante para o fluxo postal interno. Segundo a entidade, a medida foi tomada para facilitar a terceirização na empresa. "Para piorar, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2.500 agências próprias, por todo o Brasil", destaca a nota da Fentect. Em nota, os Correios afirmaram que a paralisação é um direito dos trabalhadores, mas disse que o movimento vai agravar a situação da empresa. - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/03/economia/615804-funcionarios-dos-correios-entram-em-greve-hoje.html)
 
Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. A principal reivindicação é que a estatal volte atrás nas mudanças que pretende fazer no plano de saúde dos empregados. Hoje, os funcionários pagam um percentual das despesas do plano apenas quando o usam. Os Correios querem descontar dos salários um percentual fixo para manter o benefício, além da coparticipação. Reajustes salariais não são alvo da paralisação. Segundo Inês Capelli, presidente da Associação dos Profissionais dos Correios, 21 estados mais o Distrito Federal aderiram à greve. Ficaram de fora Amapá, Amazonas, Roraima e Sergipe. No Piauí, haverá assembleia hoje para decidir sobre a greve. Funcionários e empresa assinaram acordo coletivo mantendo o plano de saúde da forma que é hoje em agosto de 2017. Segundo Inês, os Correios recorreram ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tentar uma conciliação em torno de uma nova proposta, prevendo a cobrança de mensalidades. O julgamento sobre o caso será hoje. A proposta do TST é de que os funcionários arquem com 25% do valor do plano, incluindo dependentes (cônjuges e filhos). Pais e mães seriam excluídos, considerando um período de transição. Ainda não há informações sobre eventuais exigências de percentual mínimo de operação a ser mantido. Na paralisação do ano passado, a Justiça determinou que a estatal mantivesse 80% do seu pessoal efetivo trabalhando. Os Correios têm cerca de 106 mil funcionários em todo o País. Além das alterações no plano de saúde, a categoria reivindica melhores condições de trabalho. De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Telégrafos (Fentect), os servidores recebem, em média, R$ 1.600,00 por mês, que seria o menor valor entre as empresas públicas e estatais. A federação também critica a extinção do cargo de Operador de Triagem e Transbordo (OTT), que considera importante para o fluxo postal interno. Segundo a entidade, a medida foi tomada para facilitar a terceirização na empresa. "Para piorar, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2.500 agências próprias, por todo o Brasil", destaca a nota da Fentect. Em nota, os Correios afirmaram que a paralisação é um direito dos trabalhadores, mas disse que o movimento vai agravar a situação da empresa. - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/03/economia/615804-funcionarios-dos-correios-entram-em-greve-hoje.html)

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