9 de outubro de 2018

Após definição de 2º turno, Bolsonaro defende Guedes e Haddad vai visitar Lula

No dia seguinte ao primeiro turno das eleições, os candidatos que seguem na disputa pela Presidência da República privilegiaram seus principais aliados na manhã desta segunda-feira, 8 de outubro. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan, o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, criticou a política econômica adotada pelos governos petistas para ressaltar as ideias de seu economista Paulo Guedes. Já o petista Fernando Haddad cumpre neste momento o ritual de todas as segundas-feiras: visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão. É a quinta vez que Haddad pede conselhos a Lula, condenado e preso pela Lava Jato, desde que o ex-prefeito da capital tornou-se o candidato do PT ao Planalto.
Indagado sobre o mercado financeiro estar animado com o resultado que ele teve nas urnas e se Paulo Guedes terá espaço pra falar de suas propostas neste segundo turno, Bolsonaro disse que a ideia é estar ao lado de Guedes. “Quando ele falou de CPMF foi um ato falho dele, ninguém quer, não volta porque é um imposto injusto. Vi Alckmin (candidato do PSDB, Geraldo Alckmin) dar pancada em mim. Pedi pro Mourão (vice em sua chapa) ter cuidado com as palavras”, emendou o candidato, que se reuniu neste domingo, 7, com o economista e o encontrará novamente na terça, 9.
“Tenho conversado com a equipe econômica: eu dou os ingredientes, quem faz o bolo são eles. Entender de economia no Brasil não é fácil”, reconheceu o candidato. “Fui criticado quando disse que não entendia. Pensei que fosse um ato de humildade. Assim como não entendo de saúde, de medicina, e vamos trabalhar nessas áreas”, prosseguiu.
Sobre a rotina que irá cumprir no segundo turno, Bolsonaro disse que vai ser reavaliado por uma equipe médica do Hospital Albert Einstein e que pretende voltar a viajar pelo Brasil em seguida. A intenção é fazer carreatas e discursar em carros de sons, mas sem ter contato físico com os eleitores. Já em relação aos debates, o presidenciável não foi claro, apesar de afirmar que “dá para participar”. Em seguida disse: “Debater com o PT não tem dificuldade. O que o PT fez ao longo de 13 anos está fresco na memória de todos.”
Haddad deve fazer o primeiro pronunciamento deste segundo turno assim que deixar a sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula está preso. Neste domingo, após o resultado das urnas ser divulgado, o petista fez um discurso de união nacional e disse que pretende ampliar a aliança em torno de seu nome para “além dos partidos”. Ele fará mudanças em seu programa de governo para atrair apoios e também em sua equipe. A nova linha da campanha traz o slogan “Juntos pelo Brasil do diálogo e do respeito” e diz que a esperança vencerá o ódio.
“Queremos unir os democratas do Brasil, os que têm atenção aos mais pobres. Queremos um projeto amplo para o Brasil, mas que busque justiça social”, declarou. Em seu discurso, Haddad ainda agradeceu a família, o PT e o ex-presidente Lula.

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