“Tive
que passar minha maca para um amigo meu que está pior que eu e eu dormi
aqui no chão, onde eu estou dormindo. Só o cobertor no chão”, disse.
A
espera também é dolorosa na maior unidade de saúde do estado, o
Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Mais de 100 pacientes aguaram no
corredor por uma cirurgia ortopédica. A autônoma Fátima Régir caiu e
quebrou a perna. Está esperando por atendimento há 20 dias.
“Desprezada. Isso não é para ninguém ficar. Nem eu nem qualquer um dos que estão aqui”, comenta.
Além
dos pacientes que estão nos corredores dos hospitais aqui do Rio Grande
do Norte, há uma fila ainda maior de gente esperando em casa por uma
cirurgia, sem nenhuma previsão. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado,
são pelo menos 6 mil pessoas.
De
acordo com o secretário adjunto de Saúde, um dos motivos dessa espera é
uma dívida de aproximadamente R$ 20 milhões com a rede credenciada, que
faz as cirurgias eletivas – que são encaminhadas pelos hospitais
públicos que atendem urgências e emergências.
“Havia
um processo de repasse que não tinha sido feito por muitos meses pelo
Estado junto com os municípios na contratação de serviços e nós estamos
restabelecendo”, declarou.
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