27 de agosto de 2020

Senado aprova em 1º turno PEC que torna Fundeb permanente e eleva verbas da União no fundo

 Wadson Ribeiro: Aprovação do Fundeb é uma vitória da Educação Pública -  PCdoB

O Senado aprovou em primeiro turno nesta terça-feira (25), por unanimidade, a proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera regras e torna permanente o Fundeb – fundo que financia a educação básica.

O texto foi aprovado com o mesmo teor já aprovado na Câmara dos Deputados, no mês passado. A renovação do fundo ainda precisa passar por um segundo turno de votação no Senado.

Por acordo de líderes, a segunda votação – que regimentalmente precisaria aguardar um período de três sessões – acontecerá ainda nesta terça.

Para ser aprovado novamente, o texto precisa do apoio de pelo menos 49 senadores. No primeiro turno, o placar foi de 79 a 0 a favor da PEC. Há previsão de que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), promulgue a emenda já nesta quarta (26) em sessão do Congresso.

Apesar do consenso dos líderes partidários a favor da proposta, o tema ocupou todo o tempo da sessão plenária nesta terça. Isso, porque vários senadores quiseram discursar em defesa do Fundeb e registrar que o Congresso teve protagonismo na construção do texto que torna o fundo permanente.

A PEC prevê, entre outros pontos, a ampliação gradual da participação da União no Fundeb, de forma a chegar a 23% a partir de 2026. Atualmente, essa complementação financeira do governo federal está em 10%.

O Fundeb

Considerado essencial para o ensino público no país, o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica pode deixar de existir em dezembro se não for prorrogado. A extinção é definida na própria lei de criação do fundo.

A renovação é tida como fundamental para garantir o reforço de caixa de estados e municípios para investimentos da educação infantil ao ensino médio.

O fundo é composto por contribuições dos estados, Distrito Federal e municípios e por uma complementação da União sobre esses valores. Hoje, o Fundeb representa 63% do investimento público em educação básica.

Em 2019, os recursos do Fundeb chegaram a R$ 166,6 bilhões. A participação federal é usada para complementar os fundos estaduais que reuniram, em determinado ano, um valor por aluno abaixo do mínimo nacional.

No ano passado, nove estados precisaram receber essa complementação: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.
Segundo o relator no Senado, Flávio Arns (Rede-PR), o Fundeb garante um investimento mínimo de R$ 3,6 mil ao ano, por aluno, em todo o país.

“Não fosse o Fundeb, estima-se que os valores mínimos de aplicação em educação girariam em torno de R$ 500 por aluno por ano, nos municípios mais pobres do Brasil”, diz.


"Trata-se, portanto, de um dos principais instrumentos de redistribuição de recursos do País, realocando valores no âmbito de cada estado, entre o governo estadual e as prefeituras, para tornar o sistema educacional mais equitativo e menos desigual", acrescentou Arns.

Participação da União
Atualmente, a União complementa o Fundeb com 10% adicionais sobre o valor total arrecadado por estados e municípios. A PEC prevê uma escala de crescimento:

2021: 12%
2022: 15%
2023: 17%
2024: 19%
2025: 21%
2026 em diante: 23%

Desses 13 pontos percentuais adicionais, a partir de 2026, 5,25 pontos vão para a educação infantil – serão investimentos na infraestrutura, para melhorar as creches que existem e construir novas.

O governo federal pretendia incluir, nesse ponto, recursos para "alugar" vagas em creches particulares. A Câmara chegou a colocar no texto a previsão de recursos para creches privadas sem fins lucrativos, como as filantrópicas.

Esse trecho, no entanto, foi retirado durante a análise no Senado. O relator, Flávio Arns, diz que esse tipo de repasse já está na Constituição e, por isso, não havia porque ser repetido. A mudança não faz com que o texto volte à análise dos deputados.

Salários
A PEC estabelece que pelo menos 70% do Fundeb seja usado para o pagamento de salários de profissionais da educação. Hoje, o percentual é mais baixo (60%), mas se refere apenas aos salários de professores.

A proposta proíbe o uso dos recursos do Fundeb para pagamento de aposentadorias e pensões, e faz o mesmo com o salário-educação – outra fonte de recursos para a educação básica, cobrada como uma contribuição social sobre os salários pagos pelas empresas.

“Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos”, diz Bolsonaro ao recusar proposta para o Renda Brasil

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que recusou a proposta enviada pela sua equipe econômica do Renda Brasil. O novo programa pode substituir o atual Bolsa Família.

Ele participou nesta quarta 26 de cerimônia de retomada de funcionamento de um alto forno da Usiminas, em Ipatinga (MG), fechado em decorrência da pandemia.

“Ontem discutimos a possível proposta do renda Brasil e eu falei ‘tá suspenso’. Vamos voltar a conversar. A proposta que a equipe econômica apareceu pra mim não será enviada ao parlamento. Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos”, disse.

O ministro Paulo Guedes (Economia) avisou ao presidente Jair Bolsonaro que o novo programa social do governo só terá benefício médio superior a R$ 300 se as deduções do IR (Imposto de Renda) da pessoa física forem extintas.

O presidente falou do auxilio emergencial de R$ 600 em tom de autoelogio ao seu governo, sem saber ainda precisar o valor do benefício que continuará até o fim do ano. “Resolvemos estender até dezembro. O valor não será R$ 200 nem R$ 600”, disse. “Lamentavelmente como é emergencial, tem que ter um ponto final”.

Bolsonaro também deu um prazo de três dias, até a próxima sexta-feira 28, para que o ministro da Economia apresente uma nova proposta para o Renda Brasil. 

O desenho apresentado na terça 25, em reunião no Palácio do Planalto, previa a revisão ou extinção de outros benefícios, como o abono salarial, o que foi rejeitado por Bolsonaro.

25 de agosto de 2020

Bebê encontrado morto às margens de rodovia do RN foi abandonado vivo, diz polícia; mãe é presa em Goianinha

 

O bebê com cerca de 15 dias encontrado morto na manhã desta terça-feira (25) às margens da BR-101, na região metropolitana de Natal, foi deixado no local ainda vivo, segundo afirmou o delegado Cidórgenton Pinheiro. A mãe da criança foi presa no município de Goianinha, e, de acordo com a polícia, confessou o crime.

De acordo com o delegado, a criança foi abandonada no sábado (22), por volta das 16h. Após identificar a mãe da criança, a Polícia Civil pediu a prisão temporária da mulher e, com o mandado expedido pela Justiça, a deteve em Goianinha, onde mora.

"Ouvida formalmente, a mãe confessou o crime e detalhou, dentro dos limites que foi possível, a motivação do crime e a execução. Infanticídio será apurado, mas só a perícia vai confirmar o puerpério. Infelizmente, a criança foi deixada com vida no local", afirmou o delegado.

O caso
O corpo do bebê foi encontrado dentro de uma bolsa às margens da BR-101. Um homem que passava pelo local viu o corpo e acionou a Polícia Militar.

A criança, um menino, nasceu há duas semanas. “Achamos a data de nascimento em uma caderneta que é entregue na maternidade e que estava na bolsa. Essa criança nasceu em 10 de agosto passado”, relatou o delegado Cidorgenton Pinheiro, durante a manhã.

Ele afirmou que a polícia buscaria, através da data de nascimento, descobrir a história do bebê, para chegar aos pais e também à autoria do crime. O delegado destacou que a página na qual constam informações sobre os pais, e que também existe na caderneta, foi arrancada.

Dentro da bolsa, além do corpo do bebê, havia roupas de recém-nascido. A cena chocou os policiais.“É algo que eu jamais gostaria de ver”, disse o sargento Azian Kystene, do 3º Batalhão, responsável pela área de São José de Mipibu.

O corpo do bebê foi levado à sede do Instituto de Perícia, em Natal. A Delegacia de São José de Mipibu investigará o caso.

Corpo de bebê foi encontrado dentro de uma mochila em São José do Mipibú — Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi

Hacker que extorquiu padre tinha um romance com ele e ameaçava expor casos, relata decisão

 

O conteúdo usado por hackers para extorquir cifras milionárias do padre Robson Oliveira Pereira, de 46 anos, que comandava a Basílica do Divino Pai Eterno em Trindade, na Região Metropolitana da capital, cita dois supostos casos amorosos do pároco, segundo depoimentos colhidos pela Justiça junto ao Ministério Público de Goiás e à Polícia Civil, que investigaram o caso. Ao todo o padre pagou R$ 2,9 milhões com dinheiro da Associação dos Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe) em troca do arquivamento das mídias. Foi esse processo que desencadeou a operação que investiga desvio de doações de fiéis.

A defesa do sacerdote, que está afastado das atividades religiosas, disse ao G1 que “padre Robson foi vítima de extorsão, tendo buscado suporte da Polícia Civil, que monitorou as transações, e culminou na prisão dos extorsionários. Já houve sentença, e os criminosos foram punidos pelo Judiciário com severidade. Não havia qualquer conteúdo verídico como objeto das ameaças”.

Do montante de R$ 2,9 milhões, o MP afirma que a associação ficou no prejuízo em R$ 1,2 milhão, quase a metade da quantia. Segundo a defesa do padre, o valor usado nos pagamentos foi recuperado e está depositado em conta judicial, aguardando liberação para retornar às contas da Afipe, associação que o padre fundou e presidia até pedir o afastamento, devido às investigações de desvio de dinheiro.

A reportagem não localizou a defesa do hacker, identificado como Welton Ferreira Nunes Júnior. Ele e mais quatro pessoas envolvidas no esquema de chantagem foram condenadas, com penas que variam de 9 a 16 anos de prisão, em 2019.

Um dos relacionamentos amorosos apontados pelo juiz Ricardo Prata na decisão seria com o próprio hacker que invadiu os celulares e e-mails do padre. O magistrado narra no documento que a informação foi realçada pelos hackers à época do processo de julgamento.

O documento traz um segundo romance usado no esquema da chantagem. Em depoimentos ao Ministério Público, um policial civil que estava na investigação e uma pessoa próxima ao padre disseram que os hackers encontraram uma foto dele com uma mulher, também do círculo de amizade do pároco, e uma conversa relatando situações amorosas.

“Ele [Robson] me mostrava [mensagens]. Um dos vídeos, vamos lá, um deles né, parece que era um vídeo gravando a tela de outro celular, onde tinha uma foto do padre com a [mulher] próximos um ao outro, e suposta troca de mensagens amorosas, né?”, relatou a pessoa ao MP.

A existência da foto foi confirmada posteriormente pelo hacker em depoimento ao Ministério Público.

O juiz Ricardo Prata afirma que as ameaças intimidaram padre Robson a ponto de ele efetuar pagamentos de expressivos valores para fazer a vontade dos chantagistas.

Diante das extorsões que duraram dois meses, o magistrado diz que “o padre se viu, por diversas ocasiões, incapaz de celebrar missas e continuar com o seu trabalho, por ter sido afetado pelos amedrontamentos para denegrir sua imagem pessoal e como sacerdote”.

O pagamento milionário ao hacker levantou suspeitas por parte do Ministério Público, que começou a investigar os gastos da Associação Filhos do Pai Eterno. Os promotores apuram se R$ 120 milhões doados por fiéis à entidade foram usados por padre Robson para comprar uma casa na praia, fazendas e outros itens de luxo.

Começo da extorsão

Segundo o MP, dois hackers conseguiram invadir o celular e o computador pessoal do padre. As extorsões começaram no dia 24 de março de 2017. Um hacker, sob a alcunha de “Detetive Miami”, enviou um e-mail ao religioso pedindo R$ 2 milhões para não revelar informações pessoais dele, entre elas, um suposto caso amoroso do padre.

O padre, então, acreditando ser um golpe, por alegar “serem inverídicas as informações apresentadas”, passou a dialogar com o suspeito. Robson contatou a polícia e acordou, “dissimuladamente”, a entrega de R$ 700 mil.

A ação foi feita sob a supervisão da polícia, que autuou parte dos envolvidos, os levou para a delegacia e depois os liberou. Os hackers diziam que se não recebessem o dinheiro, entregariam as mídias à imprensa e ao Vaticano.

Imagens de câmera de segurança mostram uma mulher, considerada o braço direito do padre Robson, deixando maços de dinheiro em uma camionete estacionada em um shopping de Goiânia como parte dos pagamentos combinados com os hackers.

Novas extorsões

Como o plano não deu certo, os hackers continuaram a se comunicar com o padre exigindo dinheiro. Diante da situação, seis dias depois, eles voltaram a cobrar os R$ 2 milhões. Conforme o MP, a “vítima sucumbiu às extorsões recebidas e passou a realizar diversos pagamentos aos denunciados, ora sem e ora com o conhecimento da Polícia”.

O valor acabou sendo bloqueado pelo banco. Então, os hackers passaram a cobrar novamente o padre, de acordo com o processo. Em 13 de abril, eles acordaram o pagamento de R$ 500 mil “até que fosse resolvida a liberação do dinheiro transferido via transferência bancária”. O dinheiro seria deixado dentro de um carro na frente de um condomínio fechado.

Não satisfeitos, os suspeitos ainda acertaram um depósito de R$ 80 mil em 5 de maio. O último acordo foi feito a partir de 12 de maio. Conforme o MP, como o montante de R$ 2 milhões seguia bloqueado, o padre “aceitou fazer o pagamento de R$ 300 mil reais de forma parcelada”.

Os repasses só cessaram no final de junho, quando o hacker que comandava o esquema foi preso no Rio de Janeiro.

Padre Robson

Afastado da reitoria do Santuário Basílica de Trindade e da presidência da Afipe, entidade que ele próprio criou e é responsável por gerir a igreja, padre Robson é um dos alvos da Operação Vendilhões, deflagrada na última sexta-feira, 21, quando 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

A Arquidiocese de Goiânia informou que uma empresa será contratada para fazer uma auditoria nas contas da Afipe. A entidade nega ainda que os valores arrecadados com doações tenham sido usados para outras finalidades que não as religiosas.

Em decorrência das investigações, o arcebispo metropolitano Dom Washington Cruz suspendeu temporariamente o direito de padre Robson a realizar celebrações. No documento, ele justifica que a medida foi tomada devido à “necessidade de prevenir escândalos, garantir o curso da Justiça e tutelar a fé, bem como investigar as acusações realizadas contra o padre Robson de Oliveira”.

Segundo o Ministério Público, a entidade presidida pelo padre recebia cerca de R$ 20 milhões em doações mensalmente. De acordo com o MP, a Afipe se tornou “uma grande empresa”. Algumas empresas com as quais a associação negociava tinham os mesmos sócios e funcionavam no mesmo endereço.

19 de agosto de 2020

Parte dos trabalhadores dos Correios faz greve por tempo indeterminado

 

Funcionários dos Correios iniciaram, na noite desta segunda-feira (17), uma greve nacional por tempo indeterminado. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), parte dos trabalhadores decidiu cruzar os braços em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. 

A categoria também reivindica mais atenção, por parte da empresa, quanto aos riscos que o novo coronavírus representa para os empregados. 

De acordo com a direção da empresa estatal, um primeiro levantamento parcial, realizado na manhã de hoje (18), apontou que 83% do efetivo segue trabalhando normalmente, e que a paralisação parcial não afeta o atendimento aos clientes. A reportagem não conseguiu contato com representantes da Fentect, que deve divulgar um balanço do primeiro dia de paralisação às 19h de hoje.

Em nota, a federação sindical afirma que dirigentes sindicais vinham tentando negociar as reivindicações dos trabalhadores com a direção da empresa desde o início de julho. “No entanto, além de se negar a negociar, a diretoria surpreendeu a categoria ao revogar o atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que estaria em vigor até 2021”, sustenta a federação, acrescentado que, com a suspensão do ACT, 70 cláusulas foram revogadas unilateralmente.

De acordo com a Fentect, entre os benefícios suspensos com a decisão da empresa estão o vale alimentação; auxílio creche; adicional de risco de 30%; licença maternidade de 180 dias; indenização por morte; auxílio para filhos com necessidades especiais; pagamento de adicional noturno e horas extras, entre outros.

Os trabalhadores também temem pela possibilidade de privatização dos Correios. E lembram que, para minimizar os riscos de contágio pelo novo coronavírus, tiveram que recorrer à Justiça a fim de garantir o fornecimento de equipamentos de segurança, alcool em gel, testagem e afastamento dos empregados que fazem parte de algum grupo de risco, bem como daqueles que moram com crianças em idade escolar ou com outras pessoas que integram algum grupo de risco.

“A direção da ECT buscou essa greve. Retirou direitos em plena pandemia e empurrou milhares de trabalhadores a uma greve na pior crise que o país vive”, afirma o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva, em nota divulgada pela federação. “Lutamos pelo justo. Lutamos para que as nossas vidas e empregos sejam preservados.”

Correios
Embora afirme que a paralisação não afetou o atendimento nas agências de todo o país, a direção da empresa revelou, em nota, ter adotado medidas administrativas para minimizar eventuais prejuízos à população, incluindo a realização de mutirões. 

Já sobre o andamento das negociações com as entidades sindicais, a direção da empresa afirma ter priorizado a sustentabilidade financeira dos Correios, de forma a “retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia”.

De acordo com a empresa, as medidas de contenção adotadas visam a economizar em torno de R$ 600 milhões anuais, enquanto as reivindicações dos empregados, se integralmente atendidas, significaria um custo adicional da ordem de R$ 1 bilhão ao ano. “Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, afirma a direção da empresa, sustentando que nenhum benefício previsto no ACT foi retirado. “Apenas foram adequados aqueles que extrapolavam a Consolidação das Leis Trabalhistas CLT) e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado”.

A direção da empresa garante que, por conta da pandemia do novo coronavírus, autorizou os empregados de grupos de risco, bem como aqueles que coabitam com pessoas nessas condições –, a trabalharem de suas casas, “sem qualquer perda salarial”.

Aviões, helicópteros, cavalos e supermotos; VEJA bens de suspeitos apreendidos pela PF

 

Aviões, helicópteros, supermotos, caminhões-tanque e até cavalos de vaquejada estão entre os bens de traficantes apreendidos pela Polícia Federal em 12 estados e no Distrito Federal nesta terça-feira (18). Foi durante a operação Além-Mar, que investiga um poderoso esquema de tráfico de drogas internacional. O Porto de Natal faz parte da logística de envio de cocaína para a Europa.

Cavalos também foram apreendidos em uma propriedade do empresário / Foto: Divulgação/PF

Em Natal, um empresário foi preso. Em propriedades dele, foram apreendidos vários cavalos e carros de luxo, como um Porshe.

Carro de luxo, Porsche foi apreendido pela Polícia Federal em uma casa na cidade de Parnamirim, na Grande Natal / Foto: Divulgação/PF

Megaoperação

A ação foi batizada de Operação Além-Mar. Ao todo, foram cumpridos 50 mandados de prisão temporária e 139 de busca e apreensão em 12 estados e no Distrito Federal. Além do RN, a ação aconteceu em Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.

Avião também está entre as apreensões feitas pela PF nesta terça (18) / Foto: Divulgação/PF

Operação Além-Mar

A Operação Além-Mar investiga um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos 139 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão (20 prisões preventivas e 30 prisões temporárias), expedidos pela 4ª Vara Federal – Seção Judiciária de Pernambuco.

Foi determinado, ainda, pela Justiça Federal o sequestro de aviões (7), helicópteros (5), caminhões (42) e imóveis (35) urbanos e rurais (fazendas) ligados aos investigados e ao esquema criminoso, além do bloqueio judicial do valor de R$100 milhões.

Supermoto BMW, avaliada em R$ 76 mil, também foi apreendida pela PF / Foto: Divulgação

Participaram da ação aproximadamente 630 policiais federais.

Quatro organizações criminosas autônomas, atuando em conexão, viabilizavam o esquema de tráfico internacional de drogas investigado na atual operação, por meio do qual toneladas de cocaína foram exportadas para a Europa via portos brasileiros, especialmente no Porto de Natal/RN.

Imagem mostra outro helicóptero apreendido pela Polícia Federal na operação Além-Mar, deflagrada nesta terça (18) / Foto: Divulgação/PF

Neste fim de semana, no Porto de Natal, foram apreendidos mais de 700 kg de cocaína. Ela estava em um contêiner de carga para mangas que iria para a Europa, mas teve a viagem interrompida.

10 de agosto de 2020

Jovem é morta a tiros e ex-namorado que saiu da prisão há uma semana é suspeito

 

Segundo a Polícia Militar (PM), o suspeito é o ex namorado dela que saiu da prisão há cerca de uma semana. Até o momento, ninguém foi preso.

A ocorrência foi na Rua José Penha Laine, esquina com Rua Manoel Pires. Segundo a PM, a motivação do crime está sendo apurada.

O suspeito entrou pelo portão principal e pulou a janela de um dos cômodos. Em seguida, foi até o quarto da vítima que estava dormindo com uma criança de 7 anos, e disparou oito vezes na direção dela. Também estavam na casa a mãe e o padrasto da vítima.

Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada. Ao chegar no local, a equipe da Unidade de Suporte Avançado (USA) encontrou a vítima inconsciente e em parada cardiorrespiratória. Manobras de ressuscitação foram realizadas, porém sem sucesso.

A equipe do Samu identificou nove perfurações provenientes de arma de fogo.

A perícia da Polícia Civil foi chamada e fez os trabalhos de rotina. Em seguida, o corpo foi liberado para a família. A PM informou que a vítima tinha registros de passagens policiais por lesão corporal e receptação.

Do G1

Sem comícios por causa da pandemia, partidos querem liberação de “livemício” durante campanha

 live - Sem comícios por causa da pandemia, partidos querem liberação de "livemício" durante campanha

No entanto, como a campanha deste ano acontecerá em meio à pandemia do novo coronavírus, a discussão agora se concentra na viabilidade legal da transmissão online, sem público, de shows em prol das campanhas.

O formato tem sido chamado de live eleitoral ou “livemício”.

Defensores da ideia têm afirmado que “livemícios” não remunerados não podem ser enquadrados na lei de 2006, sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que proibiu os showmícios.

Outros advogados eleitorais, porém, discordam e entendem que a lei atual não permite a prática.

Segundo a legislação, é proibida “a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral”.

Na última semana, a produtora Paula Lavigne disparou na sua lista de transmissão no WhatsApp uma mensagem em que questionava “se é legal ou não fazer livemício”. “A lei não fala nada do digital”, acrescentou.

Lavigne, que é esposa de Caetano Veloso, pretende fazer eventos em apoio à chapa que deve disputar as eleições em São Paulo pelo PSOL, com Guilherme Boulos à frente e a deputada Luiza Erundina como vice. Artistas como Caetano e Chico Buarque assinaram recentemente um manifesto em defesa da candidatura de Boulos.

“A ideia era fazer um livemício para Boulos e Erundina no dia 25 de setembro, mas estamos esperando, porque nenhum advogado, de partido nenhum, sabe responder [se é possível]”, disse a produtora à Folha.

Para sanar a dúvida, o PSOL protocolou uma consulta no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última quarta-feira (5) questionando se é possível fazer apresentações não remuneradas durante a campanha. Ela foi distribuída ao ministro Luis Felipe Salomão, que ainda não se manifestou.

5 de agosto de 2020

Em Natal, Luciano Hang anuncia abertura de loja Havan na BR-101


O empresário Luciano Hang está em Natal nesta quarta-feira (5) e participou do anúncio da chegada nova loja da Havan na capital potiguar. O local escolhido foi a BR-101, na Zona Sul da cidade. Com a loja, serão gerados 200 empregos diretos.

O estabelecimento vai funcionar no espaço onde hoje funciona a concessionária da Mercedes-Benz e deve ter 20 mil metros quadrados, estacionamento e a estátua da liberdade, símbolo da rede de lojas. 

Thiago Mesquita, titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), esteve no local e entregou o alvará de construção do empreendimento. “Essa será a primeira de muitas lojas que nós vamos fazer no estado e na cidade de Natal. Quando a gente vem pra cidade, a gente vem para somar com emprego, desenvolvimento e alegria”, disse Luciano Hang em vídeos publicados nas redes sociais.

3 de agosto de 2020

Com 120 mil clientes inadimplentes, Cosern retoma hoje cortes de energia


Os cortes no fornecimento de energia elétrica por falta de pagamento voltarão a ser realizados a partir de hoje segunda (3) em todo o Rio Grande do Norte, após um período de suspensão por conta da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo a Cosern, 120 mil clientes, somando pessoas físicas e jurídicas, em todo o Estado, podem ter o serviço suspenso por inadimplência. A companhia possui 1,47 milhão de clientes no território potiguar.

A empresa reforça que os clientes serão previamente reavisados da existência do débito e terão a oportunidade de quitar a dívida, com condições especiais de pagamento. “O corte de energia é sempre o último recurso utilizado pela empresa. Antes, são adotadas todas as medidas administrativas para a quitação da dívida. Para evitar uma medida drástica, a empresa está disponibilizando condições diferenciadas aos nossos clientes nesse momento de dificuldade”, disse Gilmar Mikeias, gerente de Recuperação da Receita da Cosern.

Desde maio, a concessionária lançou um Portal de Negociação (www.cosern.com.br) para pagamentos e parcelamento de débitos para clientes residenciais com mais de duas contas de energia em aberto. O portal é mais uma iniciativa da distribuidora para minimizar o impacto econômico provocado pela pandemia da Covid-19 no orçamento doméstico dos potiguares.

Negociação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu desde o último dia 21 novos critérios para a suspensão do fornecimento de energia por inadimplência para o período de pandemia da Covid-19. A partir do primeiro dia útil de agosto (segunda-feira), consumidores residenciais, com exceção dos clientes cadastrados na Tarifa Social, estarão suscetíveis ao corte caso permaneçam com uma ou mais faturas em aberto. No entanto, como forma de facilitar a quitação de débitos, a Cosern está oferecendo condições diferenciadas por meio do Portal de Negociações. A ferramenta online está disponível no site da empresa (www.cosern.com.br).

O Portal de Negociação da Cosern oferece uma série de vantagens no pagamento de faturas, como a quitação à vista, pagamento integral no débito com o cartão virtual Caixa Elo (Auxílio Emergencial) ou parcelamento em até 12 vezes no cartão de crédito (nesses dois últimos casos por meio da Flexpag, bom bônus de R$ 35 para os primeiros 500 clientes que negociarem o débito). Na negociação, são aceitos os cartões das bandeiras Master, Visa, Hiper, Elo e Amex.

Para utilizar os serviços do portal e ter acesso às opções de negociação, é necessário realizar um cadastro informando o CPF e a conta-contrato do cliente. Depois desse primeiro passo, é possível visualizar o débito e as condições de pagamento disponíveis.

Cortes proibidos

Além dos clientes classificados como baixa renda, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a proibição de cortes de energia por falta de pagamento para imóveis residenciais nos quais morem pessoas que dependam de equipamentos elétricos essenciais à preservação da vida até o final de 2020. Entretanto, a Cosern reforça que não se trata de isenção da conta de energia e recomenda que os clientes evitem acumular dívidas com a distribuidora