Suspeito de esfaquear mãe e filho em Natal usou arma para 'reparar danos'
Segundo o delegado do caso, Wagner Gomes já desceu do carro armado. O mecânico, preso na cidade de Nova Cruz, confessou o crime.
Wagner Gomes de Lima (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
O mecânico Wagner Gomes de Lima, de 37 anos, que segundo a polícia
confessou ter esfaqueado uma mãe e o filho dela após uma batida de
trânsito ocorrida na zona Leste de Natal,
admitiu à polícia que já desceu de seu veículo com a faca na cintura e
fez isso porque queria “reparar os danos”. A informação foi confirmada
pelo delegado Roberto Andrade, da Delegacia Especializada de Homicídios
(Dehom), designado especialmente para o caso.
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Wagner foi ouvido ao longo da madrugada desta quarta-feira (9), logo
depois de ter sido encontrado escondido na cada de um tio. Ele estava na
cidade de Nova Cruz,
a pouco mais de 90 quilômetros da capital potiguar. A polícia chegou ao
mecânico após denúncias anônimas. “Ele confessou o crime e, em seu
depoimento, disse que já saltou do carro com a faca na cintura.
Perguntei o que ele iria fazer com a faca, e ele respondeu que queria
reparar os danos que causou com a batida”, confirmou o delegado.
O chefe de investigações Samarone Costa Coelho, da delegacia de Nova Cruz, já havia revelado ao G1 que
Wagner não reagiu à prisão, confessou o crime e ainda demonstrou ser um
homem frio, sem remorsos. “Ele disse que esfaqueou os dois porque
estava se defendendo. Ele é um cara muito frio, não demonstra
arrependimento e parece até que nada aconteceu”, afirmou o policial. A
faca utilizada no crime foi encontrada e apreendida. “É uma faca de
cozinha com serra”, acrescentou o chefe de investigações.
Faca usada por Wagner foi apreendida
(Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
(Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
Chevette bege em que Wagner estava também
foi apreendido (Foto: Henrique Dovalle/G1)
foi apreendido (Foto: Henrique Dovalle/G1)
Segundo a polícia, Wagner dirigia um Chevete de cor bege que colidiu
com outros dois veículos, um Pálio e um Fiesta. Após a batida, o
mecânico teria dado marcha ré, batido em uma motocicleta e ainda
realizado uma contravenção - colocando o carro no sentido contrário da
via, que dá acesso à zona Norte da capital.
Testemunhas relataram à polícia que pensaram que o suspeito iria fugir.
No entanto, disseram que Wagner retornou ao local onde estavam os
outros dois veículos envolvidos na colisão e atacou Ruthenio, motorista
do Fiesta, enquanto ele ligava para a polícia. A mãe do rapaz, Lúcia
Maria, foi defender o filho e acabou sendo esfaqueada embaixo da axila
esquerda.
Mãe e filho foram socorridos pelo Samu ao Hospital Monsenhor Walfredo
Gurgel, mas Lúcia Maria não resistiu ao ferimento e morreu a caminho da
unidade. Ruthenio, que foi atingido no braço esquerdo e na barriga,
permanece internado. Ele já foi cirurgiado e não corre risco de morte.
Wagner fugiu logo em seguida. A polícia contou que utilizou imagens das
câmeras de segurança dos estabelecimentos próximos ao local onde
ocorreu o acidente para identificar a placa do automóvel do suspeito.
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