A Petrobras anunciou uma nova redução no preço da gasolina vendida nas
refinarias. A partir desta terça-feira (27), o litro do combustível
passará de R$ 1,5556 para R$ 1,5007, o que representa uma redução de
3,53%.
Com mais esse corte, o preço da gasolina nas refinarias já acumula no mês queda de 19,42%.
O corte, que se segue ao tombo das referências internacionais do
petróleo na semana passada, colocará a cotação do produto no menor nível
desde meados de fevereiro, segundo a agência Reuters.
O repasse dos reajustes da Petrobras nas refinarias aos consumidores
depende dos distribuidores – ou seja, fica a cargo dos postos repassar
ou não a baixa do preço da gasolina.
04/09
● gasolina: 2,1704
● gasolina: 2,1704
Fonte: Petrobras
A nova redução nas refinaris ocorre após os preços do petróleo terem despencado quase 8% na última sexta-feira (23),
ao menor nível em mais de um ano, registrando a sétima perda semanal
consecutiva em meio a receios de um excesso de oferta, apesar de nações
produtoras considerarem cortes na produção.
A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3
de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem
com maior periodicidade, inclusive diariamente.
Desde o início do novo método, o preço da gasolina comercializada nas
refinarias acumula alta de 14,39% e o do diesel, valorização de 56,61%,
segundo o Valor Online.
Como é formado o preço da gasolina?
Os valores praticados pela Petrobras representam atualmente menos de um
terço (27%) do preço pago pelo consumidor nos postos, conforme os
cálculos da estatal, que levam em conta a coleta de preços entre os dias
11 e 17 de novembro em 13 regiões metropolitanas do país.
Composição do preço da gasolina, segundo levantamento da Petrobras, a partir de dados da ANP e CEPEA/USP — Foto: Divulgação
Cerca de 45% são tributos, sendo 30% ICMS, recolhido pelos Estados, e 15% Cide e PIS/Cofins, de competência da União.
Os tributos federais são cobrados como um valor fixo por litro - o de
Pis/Cofins, por exemplo, é de R$ 0,7925 por litro de gasolina; a Cide,
de R$ 0,10 por litro. O ICMS, por sua vez, é um percentual sobre o preço
de venda - ou seja, cada vez que ele sobe, os Estados recolhem mais
impostos.
Do restante da composição do preço final, 12% é o custo do etanol, que,
por lei, deve compor 27% da gasolina comum, e outros 16% corresponde
aos custos e lucro dos distribuidores e postos de gasolina. Em maio,
esta última fatia era de 12%, e no final de outubro era de 14%, o que
sugere um aumento nas margens de lucro destes agentes.
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