Ontem, ela disse de forma taxativa que não comeria a carne oferecida na
hora do almoço, pois estava acostumada a se alimentar apenas de carne
humana. A afirmação assustou as outras detentas, que ficaram temerosas
em ser as próximas vítimas.
Exigiram à direção da unidade que a suspeita fosse separada do convívio
comum. Isabel Pires, 51, permanece na Colônia. Já Jorge Beltrão, 51, foi
transferido para um presídio do Recife por correr alto risco de morte.
Ontem, a polícia descobriu uma segunda vala aberta. Além da mulher de 18
anos, que seria esquartejada no último dia 10, outra vítima seria feita
até dezembro. Pelo menos oito mulheres, sendo uma na Paraíba e outra no
Rio Grande do Norte, teriam sido assassinadas pelo trio. Nas redes
sociais, o crime praticado em Garanhuns, no Agreste do estado, foi um
dos assuntos mais comentadosl.
Desde piadas de gosto duvidoso até reações de choque pela crueldade dos
três indivíduos, que fariam parte de uma seita de combate à procriação. O
que mais chamou a atenção das pessoas é que as carnes humanas eram
fervidas, temperadas e congeladas.
Depois de desfiadas, serviam de recheio para salgados que eram vendidos
nas ruas e centros médicos. De acordo com a Vigilância Sanitária da
cidade, a ingestão desse tipo de alimento pode transmitir doenças, caso
as vítimas apresentem patologias. Mas, as pessoas que teriam comido os
salgados só devem procurar uma unidade de saúde se sentirem sintomas
como vômito ou dores abdominais.
As carnes também eram comidas pelos suspeitos e pela criança de 5 anos,
que teria comido os restos mortais da própria mãe, em 2008. A polícia
começou a desvendar o crime na última quarta, quando foi à residência
dos suspeitos, em Jardim Liberdade, e a criança apontou onde os restos
mortais de duas mulheres estavam enterrados. Os três suspeitos foram
presos.
Fonte: Diário de Pernambuco
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