Confira a entrevista completa:
Entrevista Carlos Eduardo
Qual a avaliação que você faz do governo Robinson?
A avaliação mais rigorosa e sábia quem está fazendo é o povo, principal vítima do atual governo. Pesquisas apontam rejeição superior a 80%, algo impossível de ser contestado. É um governo que levou o Rio Grande do Norte ao fundo do poço, que atrasa até o 13o salário do ano passado, que não teve planejamento, que sucateou a saúde, a segurança
pública, que é recordista em índices negativos. Temos 250 mil desempregados, segundo levantamento da Fiern, perdemos indústrias importantes como Alpargatas e Sulfabril. O governo prefere fazer a politicagem mais rasteira, promovendo a troca de cargos como uma farra eleitoreira, num estilo antiquado e perverso. É um fracasso. Se o Rio Grande do Norte não mudar esse governo, esse governo acaba de vez com o Rio Grande do Norte.
Por que deixar a Prefeitura para concorrer ao governo?
Foram as pessoas que conhecem a nossa experiência em quatro gestões como Prefeito de Natal que nos impulsionaram ao desafio. E o homem público de verdade é aquele que atende ao sentimento popular. Em todos os locais, era procurado por pessoas desencantadas mas incentivando a que eu levasse para o Estado a coragem de tomar medidas sérias e administrar com razão e vocação. Em 2013, assumi Natal em colapso,
após uma administração desastrosa. Tomei medidas de economia, de ajuste, restabeleci serviços essenciais, devolvi a autoestima ao natalense. Nossa gestão foi tão aprovada pela população que conseguimos vencer com 66% dos votos contra sete adversários. Fruto das inúmeras obras que edificamos.
Hoje o senhor conta com PDT, MDB e DEM e a chapa praticamente fechada, faltando só o vice. Como atrair novos partidos?
O PMDB e o DEM vem sendo apoiadores e nós estamos conversando com outros partidos na certeza de que faremos uma aliança forte e comprometida com nosso programa de governo. Teremos uma composição partidária forte. Podem ter certeza.
Quais legendas o senhor pretende ainda ter novas parceiras nas eleições deste ano?
Queremos somar com todos os partidos que estejam afinados com a ideia de que é preciso tornar o Rio Grande do Norte outra vez um Estado capaz de orgulhar seus filhos. De ser forte e indutor de avanço social e econômico.
Sua campanha estadual terá uma espécie de dobradinha com a candidatura presidencial de Ciro Gomes?
Ciro Gomes é do meu partido e tem o meu apoio.
Fala-se muito na presença dos senadores José Agripino e Garibaldi Filho (MDB), que apoiam Temer, no seu palanque. O senhor acredita que eles agregam mais apoios ou atraem rejeição do posicionamento nacional?
Tanto José Agripino quanto Garibaldi foram e estão sendo corretos e comprometidos com nosso projeto. São homens experientes, ex-governadores que oferecem os seus mandatos, os seus gabinetes em Brasília ao Rio Grande do Norte sem discriminações. O DEM e o MDB estão conosco e a real
idade é local. A preocupação das pessoas é com a situação de hoje no Rio Grande do Norte, que é insustentável por falta de um gestor comprometido com o cidadão.
O senhor chegou a declarar que a chapa não é imexível, abrindo espaços para especulações sobre mudanças na composição para o Senado. Existe a possibilidade de Agripino ou Garibaldi ceder a vaga, por exemplo, para atrair o PSDB?
Os próprios senadores afirmaram que suas candidaturas não são inamovíveis. Os nossos amigos podem ficar tranquilos e os adversários que sigam com seu estoque de maldades, mas nós estamos afinados e chegaremos para a luta em consenso.
O senhor tem conversado com Rosalba, que é a grande liderança do PP, mas o presidente do partido é Betinho Rosado. O senhor já procurou o ex-deputado para tratar de aliança?
Converso com Rosalba, que é uma liderança incontestável em Mossoró, converso com o deputado Carlos Augusto, converso com o PP e espero contar com o partido na nossa aliança. Sem dúvida, com o deputado Betinho Rosado também.
A falta de coligações atrativas na proporcional atrapalha um pouco novos apoios ao seu nome. Como o senhor pretende trabalhar esse setor, que é importante para a formação do palanque?
Repito o que disse antes. Seremos fortes em todos os níveis. Tanto na disputa majoritária quanto na proporcional.
Qual o principal desafio que o próximo governador do RN terá ao assumir o governo?
Tomar medidas de ajuste fiscal. Responsabilidade fiscal é imprescindível para a retomada da capacidade de o Estado recuperar o mínimo de recursos para custeio – que hoje não existem – e investimentos. Tomaremos medidas para conter gastos desnecessários, como fizemos na prefeitura. E vamos retomar o desenvolvimento tornando a iniciativa privada – hoje tratada com desprezo -, parceira do Estado. Assim, poderemos devolver o verdadeiro Rio Grande do Norte aos potiguares.
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