Um
suposto desaparecimento de uma cabeleireira, investigado pela Gerência
de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil de Mato Grosso,
foi solucionado nesta segunda-feira (22), em Cuiabá.
De
acordo com a Polícia Civil, Alline Figueiredo da Cruz, de 28, anos, que
era considerada desaparecida desde a última quarta-feira (17), simulou
um sequestro para ficar com o amante dela, Marcelo de Souza Arruda. Eles
se conheceram pelo Facebook.
Alline
foi encontrada no domingo (21) dizendo que foi vítima de sequestro. No
entanto, em depoimento à polícia, Alline confessou que simulou o
desaparecimento para ficar com Marcelo. O G1 não localizou o advogado dela.
À
polícia, ela explicou que teve a ideia de inventar o sequestro para
justificar a ausência dela ao marido. O casal viajou para uma
propriedade rural no Distrito de Mimoso, em Santo Antônio de Leverger, a
35 km de Cuiabá.
Segundo a GCCO, Alline e Marcelo foram autuados nesta segunda-feira por falsa comunicação de crime.
As
investigações apontaram eles montaram uma versão fictícia de um
sequestro que teria ocorrido no município de Várzea Grande, região
metropolitana de Cuiabá.
O caso
Familiares
de Alline denunciaram o desaparecimento na quinta-feira (18) relatando
que a última vez que havia sido vista foi na noite de quarta-feira.
Naquela ocasião, ela afirmou ao marido que iria para um shopping em
Várzea Grande para participar de um curso na área de estética e beleza.
Desde
a comunicação do suposto desaparecimento, a polícia fazia buscas pela
cabeleireira. Alguns familiares da jovem chegaram a receber telefonemas
no dia seguinte ao desaparecimento, onde um homem se identificou como
sequestrador.
O
suposto sequestrador teria passado instruções para que a polícia não
fosse comunicada de nada, caso contrário Alline seria morta.
Durante
todo o final de semana a GCCO ouviu depoimentos e investigou pistas do
suposto sequestro. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec)
fez perícia no carro da mulher que foi encontrado abandonado perto da
Avenida Fernando Corrêa, na capital.
Na
noite de domingo, Alline pediu ajuda da Polícia Militar. Ela relatou
ter sido rendida por três criminosos armados que a obrigaram a seguir
com eles em outro automóvel, sendo mantida trancada no quarto de uma
residência durante quatro dias.
Segundo relato da mulher, os supostos criminosos a teriam libertado apenas no domingo, na Rodovia dos Imigrantes.
Ao
contrário do que Alline explicou, testemunhas disseram à polícia que a
viram tomando cerveja em uma lanchonete, acompanhada de um homem.
Confissão
Em
depoimento na delegacia, Alline confessou que estava durante os quatro
dias em companhia de Marcelo, que conheceu pelo Facebook há
aproximadamente um mês.
Ela
declarou que na noite de quarta-feira teria ingerido muita bebida
alcoólica, fazendo com que perdesse o horário de voltar para casa.
No dia seguinte, ela declarou ter tido a ideia de montar um falso sequestro para justificar sua ‘ausência’ ao marido.
Alline
e Marcelo foram para uma propriedade rural em Mimoso, onde permaneceram
até a tarde de sábado (20). A propriedade é do pai de Marcelo.
Ela
admitiu que comprou um chip para que fosse feito contato com a família
se passando por sequestrador. A ligação foi feita por Marcelo.
A mulher também detalhou que rasgou a própria roupa antes de pedir ajuda à polícia. Marcelo ainda está sendo ouvido na GCCO.
Ainda
conforme a polícia. Marcelo teria tentado evitar a situação, alertando a
Alline que simular um sequestro era uma coisa grave.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários postados nas publicações são MODERADOS porem seus conteúdos são de responsabilidade dos autores.