O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estuda a antecipação do lançamento do vale-gás para setembro. A medida foi sugerida pela equipe da presidência devido ao reajuste da inflação, que pressiona o valor do botijão de gás.
O programa seria lançado em outubro
com o Auxílio Brasil, programa assistencial que substituirá o Bolsa Família. No
entanto, a equipe política e econômica de Bolsonaro tenta adiantar a proposta
para agradar famílias de baixa renda.
A iniciativa visa a destinação de
valores para compra de gás de cozinha para famílias carentes, abastecidas pelo
Bolsa Família. O projeto está embutido nas alterações do programa assistencial
que foi entregue à Câmara dos Deputados na última semana.
O vale-gás e o novo Auxílio Brasil
são tentativas do governo federal para aumentar a popularidade de Bolsonaro às
vésperas das eleições de 2022. Bolsonaro, segundo pesquisas de opinião, não tem
a maioria dos votos de pessoas de baixa renda e tenta reverter o quadro agradando
os beneficiários do programa.
Além do vale-gás, o novo Bolsa
Família irá abrigar benefícios para primeiro emprego, vagas em creches e
crédito consignado. As parcelas para o programa deverão ser definidos até
setembro, quando a Lei Orçamentária Anual (LOA) será entregue ao Congresso
Nacional.
O Palácio do Planalto prometeu
reajustar o benefício para R$ 500, mas seria necessário abrir espaço nos cofres
públicos para viabilizar a promessa. O Ministério da Economia já sugeriu o
parcelamento de precatórios e a contabilização do benefício fora do teto de
gastos. Ambas as sugestões ainda estão em fase de estudos pelo Congresso e
equipe econômica.
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