A Polícia Federal iniciou na manhã desta terça-feira (31) uma operação
para reunir provas de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro,
entre outros delitos, no Rio Grande do Norte. A ação apura corrupção
nos contratos de adequação da BR-101 e em obras de manutenção das
rodovias federais do estado entre 2009 e 2010.
Ao todo, 27 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por 120
policiais federais em Natal e Parnamirim, no RN, e nos estados de São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Ceará e no Distrito
Federal.
Um dos alvos foi a residência do ex-deputado federal João Maia, hoje
presidente do PR no Rio Grande do Norte. Ele mora em Natal, onde foi
cumprido um dos mandados de busca e apreensão. Em nota, ele disse que
está tranquilo, firme em seus propósitos, com fé em Deus e na Justiça.
João
Maia teria cobrado propina de empreiteiras contratadas pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Rio
Grande do Norte, segundo a delação premiada do ex-chefe de Serviço
de Engenharia do órgão. À Justiça, Gledson Golbery de Araújo Maia
afirmou que a propina era cobrada em contratos de obras, manutenção e
sinalização na malha viária federal no estado. O “custo político”, como
ele se referia à cobrança, era de 4% do valor total de cada obra, livres
de impostos. Pelo menos nove empresas ou consórcios teriam dado propina
ao político.
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