25 de outubro de 2013

Ambulância leva mulher que pesava 24 kg para HC

Aline e a mãe, Teresa, na ambulância cedida pela prefeitura de Piratininga (Foto: Alan Schneider / G1)Aline e a mãe, Teresa, na ambulância cedida pela prefeitura de Piratininga (Foto: Alan Schneider / G1)
Uma ambulância da prefeitura de Piratininga (SP) levou, na madrugada desta sexta-feira (25), Aline Alves da Silveira Souza, de 34 anos, para o Hospital das Clínicas de São Paulo. Ela estava há 16 dias internada na Santa Casa da cidade em tratamento de uma anorexia nervosa.

Antes de iniciar o acompanhamento médico, Aline pesava apenas 24 quilos distribuídos em 1,56 metro. Ela conseguiu uma vaga no centro de referência na capital e ficará sob cuidados médicos na ala especializada de anorexia. “Quero muito sair dessa. Minha recuperação é tudo pra mim. Agradeço demais a atenção dos funcionários da Santa Casa de Piratininga e, agora, espero continuar me curando”, disse Aline.
Ela pediu chá e biscoito antes da viagem (Foto: Alan Schneider / G1)
Ela pediu chá e biscoito antes da viagem
(Foto: Alan Schneider / G1)
A ex-gerente de restaurante foi acompanhada pela mãe, Teresa Alves. As duas arrumaram as malas e subiram na ambulância. “Fico muito feliz porque minha filha e eu conquistamos novas amigas na Santa Casa. Todos foram muito atenciosos. Agora é mais uma fase na caminhada de superação dessa doença”, contou Teresa.
Biscoito e chá foram os últimos pedidos de Aline na Santa Casa de Piratininga. Durante o período no hospital, ela ganhou cerca de 10 quilos. “Estava com fome. Dormi um pouco antes do horário programado. Espero que tudo corra bem. Vou me recuperar para voltar a ter uma vida saudável. Quero colocar meus sapatos, roupas e tudo mais. Mas primeiro, rezar para que o tratamento me faça curar dessa doença."
Aline disse que tem esperança e muita força de vontade  (Foto: Alan Schneider / G1)Aline tirou a sonda e disse que tem esperança e muita força de vontade (Foto: Alan Schneider / G1)
Entenda o caso
A primeira crise de anorexia em Aline ocorreu entre os 13 e 17 anos de idade. Ela disse que no tempo de escola, os alunos a chamavam de gorda. Apesar de mostrar os sintomas da anorexia, no fim da adolescência, a mulher se casou e pouco depois teve a filha. Natural de Petrópolis, no Rio de Janeiro, Aline mora em Bauru há 13 anos.
A segunda crise dele foi mais grave. Há três anos, a demissão do emprego de gerente em um restaurante e a separação do marido fizeram agravar a sua saúde. A perda drástica de peso fez com que ela tivesse vergonha com a aparência e sequer deixava o apartamento onde mora. Antes da internação na Santa Casa de Piratininga, a alimentação dela era praticamente à base de água.
Médico psquiatra diz que ela corre risco de morrer de até 40%  (Foto: Alan Schneider / G1)Aline, de 34 anos, começou o tratamento com apenas 24 quilos

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