12 de outubro de 2013

Campos quer aliança da oposição no RN

O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos (PSB), defendeu ontem, em Mossoró, que o PSB permaneça em diálogo permanente com os partidos de oposição no Rio Grande do Norte. A ideia, frisou ele, é construir saídas que culminem em novas formas de governar e de fazer política que estejam coerentes com “o desejo de mudança dos potiguares”. A declaração de Eduardo Campos, que é pré-candidato à Presidência da República e no sábado anunciou uma aliança com a ex-senadora Marina Silva, se deu mesmo após indagado sobre intenções do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PSB) de isolar o PSB nos municípios e estados. O governador de Pernambuco destacou que até o final do ano a legenda terá consolidado um documento de referência para as alianças nas eleições de 2014, mas em nenhum momento arriscou palpites sobre possíveis candidaturas majoritárias.
Júnior Santos
Eduardo Campos é recebido por populares ao chegar em Mossoró para participar do encontro estadual do PSBEduardo Campos é recebido por populares ao chegar em Mossoró para participar do encontro estadual do PSB

Com a resposta, Eduardo Campos minimiza a orientação que teria sido dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PT para isolar o PSB nos Estado. A informação sobre a recomendação do ex-presidente foi noticiada pela Folha de São Paulo. Segundo o a Folha, em reunião com a presidenta Dilma Dilma Rousseff e outros integrantes da cúpula do PT, Lula antecipe a tática o partido de Eduardo Campos. 

Ontem, o governador de Pernambuco afirmou que não considera que a discussão ocorra nestes termos. Ele afirmou que o PSB está em outra dinâmica. “Nós vamos acompanhar o quadro nos estados. Aqui no RN nós sabemos que o povo quer mudar. Quem mora aqui perto, quem vem aqui ou quem mora longe já sabe que há um enorme desejo demudança. O PSB quer ajudar essas mudanças ocorrerem”, frisou. Eduardo Campos assinalou que a cúpula da legenda tem conhecimento de que existem pesquisas de opinião que põem as lideranças peessebistas em situações capilares para as disputas majoritárias. Mas deixou claro que isoladamente não se faz nada. “Queremos fazer isso compartilhando com as forças políticas com as quais temos muitos respeito e nós temos muita confiança nesse conjunto aqui que vai saber conduzir bem esse debate”, acrescentou.

Programática

Na opinião de Eduardo Campos, a discussão deve começar não pelos nomes, mas pelo programa, por ideias, e “como retirar o RN da situação atual para outro patamar”. Segundo o governador, o PSB está tranquilo e não está ansioso pelo início das definições. Antes de iniciar a palestra para os correligionários, o pré-candidato pernambucano concedeu uma coletiva à imprensa. 

Embora ressalte ininterruptamente a necessidade de mudanças no país, o ex-aliado do governo Dilma Rousseff evita tecer comentários ásperos em torno dos petistas. Ao contrário. Ao mencionar os projetos futuros deixa claro que o Brasil “pode fazer melhor”. Mas ressalta como avanços as políticas sociais e a melhoria da perspectiva do país como sendo herança dos petistas.

Eduardo Campos não defende a entrega de cargos federais nos estados e tampouco o rompimento do PSB com o PT. “Não se trata de ruptura com o PT ou quem quer que seja. Se trata de nós construirmos o nosso caminho. Isso é democrático. Nós temos o direito de pensar diferente e temos o dever de respeitar quem não pensa da mesma forma que a gente”, pontuou ele.

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