16 de março de 2014

Vereadores de Araruna tentam proibir paredões de som e Sessão é Tumultuada


O clima literalmente esquentou na sessão da última sexta-feira (14), na Câmara de Vereadores da cidade de Araruna, no Curimataú paraibano.

A primeira discussão aconteceu antes mesmo de a sessão ser iniciada. Os vereadores Jefferson Targino e Pepeta (ambos do PTB) trocaram opiniões sobre o afastamento de Boró (PMDB) para assumir a pasta de transportes da prefeitura. Durante a tarde, Toinho de Natanael acusou Jefferson de chamar Pepeta de ‘burro’. Logo, o mesmo respondeu que foi um momento de ‘destempero’.

Ouça o áudio:
A sessão começou e a manifestação contra a lei dos 'paredões de som' relizada por um grupo de jovens, ainda circulava pelas principais ruas da cidade. Entre os requerimentos, estavam a convocação de secretários municipais para falar sobre problemas relacionadas as suas devidas pastas, a locomoção dos alunos do PBVest e a realização do calçamento do Loteamento José Gomes de Azevedo.
O vereador Adailson Bernardo (PSB), disse em seu discurso que a lei dos ‘paredões’ já havia sido aprovada e restavam duas opções para a solução do caso: a anulação da sessão por parte da Câmara ou veto da Prefeita Wilma Maranhão. O parlamentar falou que a manifestação é ‘legitima’ porém seu voto continuaria contrário em outra votação.
Aproximadamente às 15 horas, os protestantes chegaram à Casa para pressionar os vereadores.
Aline Natanael (PSD) disse gostar de som, mas é contrária ao abuso dele. Também afirmou que quando o tema é saúde, nenhum jovem participa da discussão.
Jefferson Targino, um dos criadores da lei, declarou ser a favor da manifestação pacifica, mas disse que a realizada em Araruna é desproporcional, acreditando que nenhum dos envolvidos leram a lei. Segundo ele, não está preocupado com o julgamento futuro nas urnas, pois acredita que a grande maioria é beneficiada com a lei. Também comentou que o projeto foi criado a pedido do Padre João Firmo, por ficar sem condições de realizar a Santa Missa, com os ‘paredões’ de som ligados.
Vereador Rodolfo Cordeiro (PP) requeriu verbalmente que não houvesse votação sobre a licença do parlamentar Boró na próxima sessão, devido ao mesmo já ter compromisso agendado e não poder comparecer.
Lulinha (PMDB) pediu providências urgentes para realização do calçamento do Loteamento José Gomes de Azevedo. E acusou Adailson Bernardo de usar politicagem para fiscalizar diariamente o Hospital e Maternidade Maria Júlia Maranhão, esquecendo-se dos projetos do Governo Estadual como a Reforma do Ginásio de Esportes da Escola Benjamin Maranhão e rejuvenescimento da PB-111. Os dois discutiram sobre falhas de seus representantes políticos.
Lurdinha Odon (PMDB) também se manifestou sobre a polêmica dos sons e encerrou seu discurso dizendo: 'É preciso usar a liberdade com inteligência'.
Por fim, Toinho Natanael (PMDB) assumiu o plenário. Ele disse que sua irmã, Aline possuía ‘paredões’ e usava-os normalmente. A vereadora respondeu  o irmão dizendo ainda ter o som, porém sabe usá-lo respeitosamente: 'É preciso respeitar, meus pais ensinaram isso tanto a mim quanto a você'.
O vereador assegurou não ‘pegar carona’ no manifesto, e já havia combinado com Adailson e Boró, porém os parlamentares mudaram de posição na votação. Ele acusou o líder do PSB da cidade de faltar com a palavra. Adailson e Toinho brigaram em tom alto, perdendo a compostura.
Ouça o áudio:
Com o clima nervoso no lado interior e exterior da Casa, onde havia manifestantes, a Polícia Militar chegou à Câmara Municipal.
Do Diario de Araruna

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