Católicos do Rio Grande do Norte recordam, hoje, feriado
estadual, o massacre dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, mortos por holandeses no
ano de 1645, por não aceitarem a imposição da religião protestante calvinista.
A programação foi iniciada com a “Caminhada da Aurora”, às
4h, a partir da Igreja Matriz de Macaíba. Outra caminhada saiu às 5h da Igreja
Matriz de São Gonçalo do Amarante. O destino de ambas foi o Monumento dos
Mártires de Cunhaú e Uruaçu onde terá quatro missas durante o período da manhã
– às 7h, às 9h, às 10h e às 12 horas.
Em maio de 2000, o papa João Paulo II beatificou os mártires
de Cunhaú e Uruaçu como exemplos de fé cristã e defensores da Igreja Católica.
Naquele ano, o Governo do Estado, em resposta à uma solicitação da Arquidiocese
de Natal, decretou o feriado de 3 de outubro.
A data é simbólica. Foi no dia 3 de outubro de 1645, que 79
religiosos foram assassinados em Uruaçu. Dois meses antes, no dia 16 de julho,
enquanto participavam de uma missa, 69 católicos foram massacrados em Cunhaú.
“Os mártires foram escolhidos como padroeiros do Rio Grande do Norte devido à
importância do fato. Eles foram os primeiros mártires do Brasil, por isso o
nome protomártires”, explica Pe. Antônio Murilo de Paiva, capelão dos mártires.
Os católicos veem os mártires como exemplo de fé e devoção. “Os
mártires se assemelharam a Jesus Cristo quando decidiram morrer em nome da fé.
Não há prova de amor maior que essa”, diz Pe. Murilo. “No caso dos mártires de
Cunhaú e Uruaçu, em um país de milhões de católicos como o Brasil, não havia
santos ou pessoas que fossem espelhos da fé que move tantos fiéis por este país
afora.
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