Uma entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (21), na
Central de Polícia Civil de João Pessoa, detalhou a prisão do homem apontado
como sendo o mentor intelectual do latrocínio (roubo seguido de morte) de João Francisco de Lima, João da Galinha,
ocorrido em dezembro de 2017. Wellington Bezerra da Silva, conhecido na cidade
como “U”, era ex-motorista do empresário e confessou que planejou dois assaltos
contra o empresário apenas por ganância.
Segundo o delegado Aneilton Castro, titular da seccional da Polícia Civil
do Litoral Sul, o suspeito deu instruções aos executores do crime de onde
estaria o dinheiro e valores que sempre eram guardados na residência do
empresário. Wellington vai responder por
latrocínio e roubo.
“Ele foi o autor intelectual do latrocínio do empresário. Wellington era
uma pessoa bem relacionada com o João da Galinha e de dentro da casa dele. Nos
dois casos, ele não foi para as execuções dos crimes tendo em vista que ele era
conhecido da família”, explicou o delegado.
A delegada Flávia Assad, chefe do Núcleo de Homicídios do Litoral Sul,
disse que além de planejar o crime, Wellington ainda chegou a ir ao velório e
enterro de João Galinha, e chorou no funeral do ex-patrão.
“Ele é muito frio. Wellington foi o mentor dos dois crimes de roubo de
João da Galinha e ainda chorou no velório dele. O suspeito confessou a
participação nos crimes e ainda disse que tinha o empresário como pai. O
latrocínio da vítima foi apenas uma ambição de Wellington por dinheiro. Um dia
antes do crime, o suspeito estava na porta da casa da vítima fazendo
levantamento do local, mas como ele era da confiança da família não teve desconfiança”,
revelou a delegada.
Assalto
Em agosto de 2017, João da Galinha teve a casa invadida por assaltantes.
Ele contou que estava em sua residência, no bairro Caixa D’Água, quando foi
surpreendido por uma dupla.
À época, a vítima falou os homens estavam armados com revólveres e
roubaram documentos pessoais, três celulares e R$ 60 mil – sendo R$ 25 mil em
dinheiro vivo e o restante em pertences. João afirmou que o dinheiro guardado
era o lucro do fim de semana proveniente do estabelecimento comercial que ele
mantém. Após o roubo, os assaltantes teriam fugido em um Fiat Uno. Eles foram presos
três dias após o assalto.
“Nesse caso, Wellington também foi o mentor desse crime. Ele planejou
tudo, contratou o cabeça (que foi morto em Pernambuco) e os outros dois
executores, que são de João Pessoa, e que foram presos em flagrante. Inclusive, os dois que mataram o João ficaram
perdidos após o latrocínio e por isso foram presos. Eles estão no Presídio do
Roger”, falou Flávia Assad.
João da Galinha foi candidato a vice-prefeito da cidade na chapa de
Marcelo Rodrigues em 2016, pelo PCdoB.
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