Condenados homens que mataram torcedor com vaso sanitário em PE
Justiça condenou a mais de 20 anos os três réus que jogaram dois vasos sanitários da arquibancada do Estádio do Arruda em maio do ano passado, um deles trabalhava em Monte das Gameleiras onde foi preso e Morava em Passa e Fica na época do ocorrido.
A Justiça condenou a mais de 20 anos de prisão os homens que mataram um torcedor na saída do Estádio do Arruda, em maio do ano passado, no Recife. Os réus jogaram dois vasos sanitários da arquibancada.
O resultado saiu por volta das 22h. O juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques não permitiu a gravação de imagens durante o júri. O julgamento durou 12 horas. Os três réus foram condenados por homicídio e por três tentativas de homicídio: Waldir Firmino Júnior a 22 anos e seis meses de prisão; Evérton Felipe Santana a 28 anos e nove meses e Luiz Cabral de Araújo Neto a 25 anos e sete meses de prisão.
No dia 2 de maio de 2014, no Estádio do Arruda, depois do jogo entre Santa Cruz e Paraná, os três arremessaram dois vasos sanitários do alto da arquibancada. Atingiram quatro pessoas. Três se machucaram e Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, morreu na hora.
O Ministério Público ficou satisfeito com a sentença. “Esse julgamento marca um novo tempo nesse âmbito das torcidas desorganizadas, porque torcidas que agem dessa forma, na verdade, condizem contra o próprio clube. O Conselho de Sentença hoje põe fim à incitação da violência e à banalidade da vida”, diz a promotora Dalva Cabral.
“Nós já manifestamos em ato o desejo de recurso e estamos entrando com as razões no prazo legal entendendo que o Tribunal deve reformular essa decisão mandando para novo julgamento”, afirma o advogado de Luiz Cabral, Paulo Sales.
O pai de Paulo Ricardo também comentou o resultado do júri. “Conforta mais a família. Vão ficar todos presos em regime fechado pelo crime que eles cometeram, bárbaro e cruel. E vão passar um bom tempo na cadeia”, diz José Paulo Gomes.
O advogado de Evérton Felipe Santana disse que também vai recorrer da condenação. O de Waldir Firmino Júnior está avaliando se vai recorrer.
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