13 de abril de 2016

Homem vai sacar aposentadoria no banco e descobre que está 'morto'

Do G1 São Paulo

O aposentado Jonas da Silva, de 69 anos, levou um susto quando, no começo do mês, foi ao banco receber a aposentadoria. Não havia dinheiro na conta. Ele foi até uma agência do INSS para saber o que estava acontecendo e descobriu que "oficialmente", Jonas da Silva está morto, segundo reportagem do SPTV.
Ele perdeu os documentos há muitos anos e agora descobriu que um outro homem estava usando os documentos dele. Só que o falso Jonas morreu e agora o verdadeiro tem que provar que ainda está vivo.
Seu Jonas é solteiro, está aposentado há 5 anos e está bem de saúde. O atestado de óbito diz que Jonas da Silva morreu em 23 de janeiro de 2013, de doença pulmonar. No documento, o morto e o vivo têm os mesmos pais e a mesma idade. Só que o morto era casado e nascido em Pinhalão (PR).
“Parei de trabalhar com os bicos e fiquei só cuidando disso. Todo dia tem alguma coisa para fazer”, disse Jonas.
A advogada do Sindicato dos Aposentados vai entrar com uma ação na Justiça Federal para que ele volte a receber a aposentadoria. Seu Jonas está se virando com um dinheiro da poupança.
Na papelada que está sendo recolhida no processo, a advogada descobriu essa certidão de casamento do falso Jonas em que ele declara que os pais já morreram. Mas os pais do verdadeiro Jonas estão vivos e já mandaram uma declaração de paternidade.
A advogada do sindicato diz que os problemas de um vivo declarado morto são muitos. “Ele vai ter o RG, CPF e título eleitoral cancelados, ele não vai poder votar. Os problemas de saúde que ele pode vir a desenvolver em decorrência dessa situação, do estado de nervos, da ansiedade que isso gera. E se ele precisar ser atendido no sistema de saúde? O posto de saúde já não atende nem os vivos, vai atender um morto? Acho que não né?”, disse Tonia Galleti, advogada do sindicato.
Em nota, o INSS disse que assim que Jonas apresentar a documentação original terá o benefício reativado. Além disso, o pagamento da aposentadoria sairá em cinco dias úteis. O INSS também vai cobrar explicações do cartório que registrou o óbito.

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