25 de janeiro de 2013

Previsão para os próximos três meses é de chuvas abaixo da média, dizem especialistas


Meteorologistas dos principais centros de previsão climática do país estão reunidos em Fortaleza, capital cearense, e divulgaram hoje (25) as previsões para os próximos três meses na região do semi-árido nordestino. Após as pesquisas concluídas ontem, os especialistas de instituições estaduais e órgãos nacionais concluíram que as previsões não são muito diferentes da situação atual de seca. 

Segundo Eduardo Sávio Martins, presidente da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), as chuvas no semi-árido nordestino nos meses de fevereiro, março e abril ficarão abaixo do normal no norte do Nordeste. De acordo com Eduardo Martins, a seca no próximo trimestre ocorrerá devido à Zona de Convergência Intetropical, onde os ventos vindos dos hemisférios Norte e Sul trazendo umidade confluem, perdendo esse fator essencial para as chuvas na região.

O prognóstico geral para o Nordeste, de acordo com os estudos é de chuvas abaixo da média e de forma irregular, prejudicando os produtores da região.

Apesar de a seca atingir principalmente o semi-árido nordestino, outras regiões também foram atingidas, como o norte de Minas Gerais, onde a safra de pequi, fruta tradicional da região, atrasou um mês devido à seca e às pragas. Segundo a Emater, no município de Campo Azul, no norte de Minas, a expectativa é de que a produçãos eja 40% menor que o ano passado, quando o total chegou a 1875 toneladas.

O sertão paraibano também acabou atingido pela escassez de chuvas. O município de Sousa perdeu grande parte de sua produção de coco, prejudicando além dos produtores, os trabalhadores. Esses, que costumavam trabalhar cinco dias na semana carregando os caminhões de coco, agora trabalham apenas um a cada sete dias.

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