19 de março de 2015

Forças policiais retomam controle do maior presídio do RN; veja vídeo


Um vídeo cedido ao G1, com imagens gravadas na manhã desta quinta-feira (19), mostra momentos de atuação da Polícia Militar do Rio Grande do Norte e de homens da Força Nacional após o controle ser retomado na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior unidade prisional potiguar. Alcaçuz fica em Nísia Floresta, na Grande Natal. A série de rebeliões em unidades prisionais do estado durou oito dias e terminou nesta quarta-feira (18). Uma negociação entre os presos, Justiça, Ministério Público e Comissão de Direitos Humanos, foi anunciada como o fim dos motins e ataques que geraram uma crise no sistema penitenciário.
Imagens mostram presos dominados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. (Foto: Cedida/G1)Imagens mostram presos dominados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. (Foto: Cedida/G1)
Na manhã desta quinta-feira (19), policiais militares do Rio Grande do Norte e da Força Nacional entraram em Alcaçuz para a realização de uma vistoria. O objetivo e garantir que não há mais barras de ferro ou armas improvisadas em poder dos detentos. O resultado das buscas ainda não foi divulgado. 
As imagens também mostram os estragos nos quatro pavilhões de Alcaçuz. Grades foram arrancadas e partes de paredes foram derrubadas. "As celas estão inabitáveis", afirmou Leonardo Freire, coordenador da Administração Penitenciária (Coape). "Tudo de irregular está sendo retirado. Ao mesmo tempo, estamos analisando a possibilidade de algumas transferências para que possamos começar a reconstrução", acrescentou. A Coape é responsável pela reconstrução, transferências e a administração do local.
Onda de rebeliões
A onda de rebeliões no sistema penitenciário potiguar começou na última quarta-feira (11) e atingiu 14 das 33 unidades prisionais do estado. A crise no sistema prisional do estado levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania, Zaidem Heronildes da Silva Filho, e o governo decretou situação de calamidade no sistema prisional. Segundo o Ministério Público, a população carcerária no Rio Grande do Norte é de aproximadamente 7.650 pessoas, mas o Estado tem cerca de 4 mil vagas.


Na Zona Norte de Natal, quatro unidades registraram rebeliões: Centro de Detenção Provisória de Potengi, Complexo Prisional João Chaves, Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato e Centro de Detenção Provisória da Zona Norte (CDP).
Presos passaram por revista após motim na Penitenciária Agrícola Mário Negócio (Foto: Divulgação/PM-RN)Motins também aconteceram em unidades do
interior do estado (Foto: Divulgação/PM-RN)
Também aconteceram revoltas no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; no Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga, também em Nísia Floresta; e na Penitenciária Estadual deParnamirim (PEP), em Parnamirim.

No interior foram registrados motins na Penitenciária Agrícola Mário Negócio, em Mossoró; na Cadeia Pública de Mossoró; no Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, na região Agreste; na Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó; na Cadeia Pública de Caraúbas; e na Cadeia Pública de Nova Cruz.

Além de unidades prisionais, a onda de rebeliões atingiu o Centro Educacional (Ceduc) de Caicó, na região Seridó. De acordo com a PM, 25 menores infratores mantiveram quatro educadores reféns na noite desta terça (17). A PM invadiu o local e libertou as vítimas na manhã desta quarta (18).

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