19 de novembro de 2015

RN teve 73 casos confirmados e mais de 6 mil notificações de zika, diz Sesap

Para confirmar a dengue, enfermo precisa passar por consulta médica e fazer exames laboratoriais (Foto: Prefeitura de Ji-Paraná/Divulgação)Aedes Aegypt é o mosquito transmissor da dengue
e do zika (Foto: Prefeitura de Ji-Paraná/Divulgação)
Apontada pelo Ministério da Saúde como'principal hipótese' para o aumento no número de recém-nascidos com microcefalia, o zika vírus teve 73 casos confirmados no Rio Grande do Norte até o dia 7 de novembro. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (18) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), que nesta terça-feira (17) contabilizou que 47 bebês nasceram com a condição rara de ter o crânio do tamanho menor que o normal.

Apesar dos 73 casos confirmados, a Sesap recebeu 6.261 notificações de pacientes com sintomas do zika vírus. Os municípios com maior número de casos foram Natal (22), Parnamirim (14) e Guamaré (10).

Além dos dados sobre o zika vírus, a Sesap também atualizou os números da dengue. Até 7 de novembro foram confirmados 5.528 casos dos 26.577 suspeitos. Quanto à dengue, o último boletim epidemiológico mostra que em relação ao ano passado, no mesmo período, houve um aumento de 116,3% no número de casos notificados.
Atualmente 95 municípios do RN apresentam alta incidência da dengue, 30 estão com incidência média, 30 com baixa e 12 com incidência silenciosa, ou seja, não notificaram nenhum caso suspeito de dengue.

Cuidados
O Programa Estadual de Controle da Dengue alerta para a importância de se intensificar os cuidados básicos para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor tanto da dengue, quanto do Zika vírus. Entre os cuidados principais estão: não acumular lixo em locais inapropriados e manter a lixeira fechada, manter as caixas d’água e outros recipientes de armazenamento de água fechados, não deixar água acumulada sobre a laje ou calhas, colocar areia nos vasos das plantas, entre outras.
Protocolo
Os casos suspeitos de microcefalia se caracterizam por recém-nascidos que apresentam o perímetro da cabeça igual ou menor de 33 centímetros. A Secretária Estadual de Saúde lançou um protocolo padrão, com orientações para a notificação dos casos, além de um portal onde as unidades de saúde enviam os dados.
Além do Hospital Oswaldo Cruz e do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) foram definidas como unidades de referência e para o atendimento dos bebês e das mães. O estado ainda definirá centros de referência para as notificações do interior.
Já a investigação epidemiológica dos casos está sendo feita em parceria com o Ministério Público e quatro instituições de pesquisa: Fiocruz, Imip, UFPE e Universidade de São Paulo (USP). Todas trabalham em conjunto para tentar identificar as possíveis causas do crescimento vertiginoso dos casos de microcefalia na região.

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