A saída de médicos cubanos do programa Mais Médicos, anunciada em
novembro, tem apoio da maior parte da população, conforme mostra um
levantamento feito pelo Paraná Pesquisas divulgado nesta segunda-feira
(3).
A pesquisa identificou que 70,8% dos entrevistados aprovam que os
cubanos deixem de trabalhar no Mais Médicos. O percentual dos que
desaprovam foi de 24,8%. Outros 4,3% não souberam ou não responderam.
Para 63,6%, o governo vai conseguir levar médicos para os locais mais
remotos do país. 19,5% dizem acreditar que as vagas serão parcialmente
preenchidas, e 13,3%, que não conseguirão ser preenchidas.
Mais da metade (54,7%) dos entrevistados culpam o governo cubano pela
saída dos médicos. Outros 27,6% atribuem a responsabilidade ao
presidente eleito Jair Bolsonaro. Também foram apontados como causas o
governo Temer (10,9%), os próprios médicos cubanos (1,8%) e os médicos
brasileiros (1,6%). Por fim, 3,5% não souberam ou não responderam.
O questionário também abordou a qualificação dos médicos. 56,7% dos
entrevistados disseram que os médicos brasileiros são mais preparados do
que os cubanos. Para 31,7%, ambos são igualmente preparados. Para
completar, 6,8% afirmam que brasileiros são menos preparados que os
cubanos e 4,7% não souberam ou não responderam.
A saída dos cubanos já começou e deve ser concluída até o fim deste
ano, segundo estimativas do governo. O governo abriu um edital para
encontrar substitutos em localidades que ficarão sem médicos.
R7
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