O resultado da reunião é semelhante a conclusão do encontro realizado
em janeiro, pela Funceme, no Ceará. Mas desta vez, segundo o
meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, as condições climáticas estão
ainda mais favoráveis para que ocorra chuvas no semiárido “a temperatura
do Oceano Atlântico Sul que está mais quente e o resfriamento no
Atlântico Norte que favorecem a permanência da Zona de Convergência
Intertropical sobre a região Nordeste”. A Zona de Convergência
Intertropical é o principal sistema causador de chuva no semiárido
nordestino.
No Rio Grande do Norte, 92% do seu território é semiárido e engloba as
regiões Central, Oeste e quase toda região Agreste. Nessa área, o
período de inverno vai de fevereiro a maio, com exceção da região
agreste, onde o período chuvoso se estende até o mês de agosto.
Em março de 2018, a reunião Climática será realizada pela APAC, em
Pernambuco, quando será divulgado o prognóstico climático para o
trimestre abril, maio e junho no Litoral Leste da região Nordeste.
Seca
As chuvas são sinal de esperança para a população potiguar. Com seis
anos seguidos de estiagem, o estado enfrenta a seca mais severa de todos
os tempos. Os efeitos são preocupantes. Dos 167 municípios potiguares, 153 estão em situação de emergência por causa da escassez de água
– o que representa 92% do estado. Além das 16 cidades em colapso no
abastecimento, 82 precisaram adotar sistemas de rodízio para ter água
encanada. Ao longo destes anos, o governo estima que os prejuízos já
passaram dos R$ 4 bilhões por causa da redução do rebanho e do plantio.
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