5 de abril de 2013

Coreia do Norte AMEAÇA lançar BOMBA ATÔMICA que pode destruir o MUNDO

Nunca estivemos tão próximos de uma GUERRA NUCLEAR

WikimediaCommons

As notícias nas últimas semanas têm retratado uma possibilidade alarmante: nunca estivemos tão próximos de uma guerra nuclear. O conflito entre as Coreias vive um capítulo tenso, quando o líder norte-coreano, Kim Jong-un declara que seu país está em "estado de guerra" e anunciou que vai reativar seu maior complexo nuclear. O pesquisador em tecnologia nuclear do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Adonis Marcelo Saliba. Doutor em Tecnologia Nuclear pela USP, Saliba afirma que "uma guerra nuclear seria inconcebível". De acordo com o pesquisador, numa bomba atômica convencional (como a que a Coreia do Norte teria) é usada dinamite para que os atômos de plutônio ou urânio se rompam. Depois desta separação, acontece uma reação em cadeia e parte da matéria vira energia pura. Este Método de separação do núcleo do átomo é chamado de fissão nuclear. Outro tipo de bomba usa a técnica chamada de fusão nuclear. O processo é o inverso e ainda mais poderoso. Ao invés da separação ocorre a união de dois átomos, normalmente de hidrogênio. A chamada bomba de hidrogênio, tecnologia que os Estados Unidos possuem, copia a forma como o Sol produz sua energia. Na bomba de hidrogênio, ao invés da dinamite, é usada uma bomba de fissão para dar início ao processo. Pode ser difícil de acreditar, mas a temperatura dentro da ogiva chega perto da temperatura no interior do Sol (algo por volta ds 15 000 000 ºC) O pesquisador e especialista em energia nuclear explica que o urânio passa por um processo chamado de enriquecimento para que seja extraída sua parte mais radioativa. Até mesmo uma pequena porção do elemento contém uma incrível de energia. Quer um exemplo? A quantidade de urânio usada para devastar Hiroshima era do tamanho de uma bolinha de tênis O dano produzido pela energia liberada por uma bomba de fissão de urânio (calor, pulso eletromagnético e radiação) pode afetar uma área e sua população por várias gerações, durante milhares de anos. "O urânio demora tanto para se dispersar no meio ambiente que é usado como elemento para medir o tempo de vida do planeta Terra", comenta Saliba Saliba explica que, se uma bomba de urânio fosse jogada na Coreia do Sul, a própria Coreia do Norte sofreria com os estragos — que vão além da destruição causada pela explosão. Pessoas expostas à radição podem desenvolver câncer e mesmo transmitir problemas genéticos para seus filhos. "O urânio pode causar um dos tipos de câncer mais agressivos que é o câncer nos ossos. Pessoas com este tipo de doença morrem de dor. Injetar urânio numa população imensa, como a da Coreia do Sul, seria terrível. [Kim Jong-un, líder norte-coreano] estaria suicidando o próprio povo", afirma o especialista em energia nuclear do Ipen A explosão da bomba de fissão que devastou a cidade japonesa de Hiroshima equivale a uma 15 mil toneladas de dinamite (a potência também pode ser chamada de 15 quilotons). Além disso, a bomba nuclear levantou um cogumelo atômico de 8 kmEspecialistas afirmam que a falta de tecnologia para miniaturizar o material e colocá-lo num míssil impede a Coreia do Norte de atacar seus países inimigos (Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos). Caso o regime Pyongyang ou mesmo os Estados Unidos dispararem uma arma atômica, os danos seriam mundiais — a nuvem de radiação poderia se espalhar por vários cantos do planeta.  "Uma bomba atômica não tem fronteira. Os danos seriam catastróficos no local atingido, mas a radiação também poderia contaminar tudo. Atingir Coreia do Sul, Japão e até o Brasil", afirma Saliba  Especialistas estimam que os programas de enriquecimento de plutônio e urânio da Coreia do Norte podem produzir material para duas armas por ano e talvez mais — em usinas de enriquecimento escondidas no país asiático. As informações são do site NewScientist Além da explosão, a energia térmica (calor), radiação e o pulso eletromagnético são os principais vilões de uma arma nuclear. "É muito rápida e forte a explosão e o que resta disso é um monte de lixo radiativo, são vários materiais radiativos que tem decaimento muito longo", comenta o pesquisador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares Se uma bomba de hidrogênio de 20 mil quilotons (ou 20 megatons) — igual a uma que já foi testada em 1952 pelos EUA — atingisse São Paulo, mataria pelo menos 2 milhões de pessoas. Veja como ficaria o mundo após uma guerra nuclear.

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